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Nénão?

NÉNÃO?

Insultos desencadeiam uma intensa resposta emocional.

Todos, em maior ou menor grau, já provaram o gosto amargo dos insultos. Não é agradável. Não há dúvida. Mas responder com raiva, frustração ou mesmo agressividade é tão inútil quanto tomar veneno esperando prejudicar outra pessoa.

Quando palavras tolas vibram ao nosso redor, precisamos aprender a dar respostas inteligentes a insultos, a nosso próprio bem-estar psicológico.

O principal obstáculo, no entanto, é o nosso cérebro emocional.

Quando ouvimos um insulto, geralmente reagimos automaticamente, tornando-nos defensivos.

Ficamos com raiva e estressados, por isso não devemos apenas lidar com o insulto, mas também com as emoções desagradáveis que ele gerou.

Para parar este mecanismo, devemos entender que o cérebro emocional não funciona racionalmente.

SÊNECA E OS INSULTOS

Para responder a um insulto de forma inteligente, precisamos evitar um sequestro emocional.

Em vez de deixar as emoções assumirem o comando temos que ativar nosso pensamento lógico concentrando-nos nos fatos.

Desativar os gatilhos de defesa instantânea e violenta.

Porém, na maioria das vezes, sem efeito positivo pratico.

SÊNECA UM DIA ESCREVEU:

” Uma grande mente despreza as queixas feitas a ela; a maior forma de desdém é considerar que o adversário não é digno de vingança. Quando se vingam, muitos levam muito a sério pequenas humilhações. Uma grande e nobre pessoa é aquela que, como um grande animal selvagem, escuta impassível as pequenas maldições que lhe são lançadas.”

VIVEMOS DE INSULTOS…

“[…] OLHA LÁ

lá vão eles…os andantes/brincantes…

e de insultos em insultos seguimos assim

artistas de picadeiro inventado

reaquecendo o congelado instante

na caminhada de desterrados pés

estrangeiros dentro e fora do riscado

peregrinos de desamparos circunstanciais

almas vagantes a se atirar

expondo a vida diante da morte

antes do corpo se espatifar

não…não há razão para calafrio:

no fim da história outro endereço

deixando as pistas/pegadas na areia

pois no final talvez já esteja o começo”.

*(Gilberto Motta)

…………………….

Gilberto Motta é escritor, jornalista e professor/pesquisador que carrega na alma os gibis, os livros, a TV, os filmes, o circo e continua achando que tudo é filosofia. Vive na Guarda do Embaú, no litoral de SC.

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