Da página em branco
escrevo,
rascunho sonhos
& ilusões
Se criar e doar-se
derivam do existir
persisto em sair do papel
Agora,
diante de novos horizontes,
esvazio-me
Preencho-me
do que é eterno
(e interno, em essência)
Da página em branco,
cocrio, danço em ritmos inaudíveis
escuto o silêncio e deixo ir
o que não tem mais vez
Só assim, a palavra emerge
Me devolve, enfim
A liberdade que a vida pede
Para acontecer, do início ao fim
E dessa ‘força estranha’,
quase chama,
me embriago
Para abrir asas e pousar
Como é bom
redescobrir-me LAR!
Da página em branco
A palavra pede
A vida acontece
Confia!
