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No governo do PT, a PF possui independência

Hoje já é 21 de dezembro, o ano está chegando ao fim. Para muita gente, esse é o momento de desacelerar: agendas mais leves, clima de recesso, passos mais lentos no trabalho. Mas há uma instituição que, definitivamente, não entrou em ritmo de fim de ano: a Polícia Federal.

A PF anda trabalhando freneticamente, em várias frentes ao mesmo tempo. Operações contra facções criminosas, contra garimpeiros ilegais, contra o crime organizado, contra fraudes no INSS, entre tantas outras. É investigação para todo lado, com desdobramentos diários, prisões, buscas e apreensões. E isso, para mim, é um excelente sinal.

Nesta semana, inclusive, a Polícia Federal prendeu o número dois do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, e também avançou sobre outros alvos ligados ao governo, como o senador Weverton Rocha, vice-líder do governo no Senado. Evidentemente, operações desse porte têm potencial para gerar desgaste político e até crises, mas, ainda assim, considero muito positivo ver a PF atuando com tamanha autonomia.

É bom lembrar que, em um passado não muito distante, tivemos um chefe do Executivo que não escondia o desejo de interferir na Polícia Federal para proteger aliados, amigos e até os próprios filhos. Aquilo, sim, era gravíssimo. Aquilo, sim, representava um ataque direto às instituições e à democracia.

Por isso, ver a Polícia Federal trabalhando com independência, investigando quem quer que seja, doa a quem doer, é um sinal de que algo fundamental está sendo preservado: o Estado Democrático de Direito. Ninguém pode estar acima da lei. Nem políticos, nem empresários, nem integrantes do governo.

Que esse ritmo siga. Que as investigações avancem. Que as responsabilidades sejam apuradas com rigor. E que a Polícia Federal continue fazendo aquilo que se espera dela: trabalho sério, técnico e sem interferência política.

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