1972:- tinha eu 16 anos. Lô Borges, o músico mineiro, 17.
Juntos, o mundo se abria pras nossas vidas.
Milton Nascimento chama o carinha e uma turma formadora do Clube.
Criam e gravam talvez o mais importante disco da história contemporânea brasileira, o CLUBE DA ESQUINA.
2025:- acordei com a notícia da morte de Lô.
Parte de mim morreu/renasceu hoje.
“Se você quiser eu danço como você… nuvem cigana passageira”
“Se eu morrer não chore, não… é só poesia”
Palavras não conseguem expressar o que sinto.
Profunda gratidão.
A certeza de que a minha vida jamais seria a mesma antes e depois daquela TNT criativa musical.
Fecho aqui a crônica de luto/festa pontuando o amor, o talento que marcou a minha/nossa geração.
Em plena ditadura brasileira um oásis de oxigênio, luz, resistência e esperança.
Gratíssimo, parceiro.
A gente se encontra logo mais por aí na estrada!
“Eu já estou com o pé nesta estrada. Qualquer dia a gente se vê. Sei que nada será como antes: amanhã”.
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Gilberto Motta é escritor, jornalista, músico e professor/pesquisador de sonhos reais. Vive na Guarda do Embaú, vila de pescadores no litoral Sul de SC.
