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O AMOR É NOSSA ESTRADA…

“Na vida, aprendi que a vida,
Nenhuma beleza tem
Se não é vida vivida
Em prol da vida de alguém…”

Aprendi esses versinhos quando ainda no segundo ano do Primário, hoje chamado de “Anos Iniciais”… foi algo tão marcante que, mesmo com o passar dos anos, essa pequena quadrinha ficou gravada em minha mente…

Há outras, é claro. Algumas vinham escritas no papel que envolvia as balas, geralmente de hortelã. Tinha também as de mel, morango e outros sabores. Que na verdade, com exceção das balinhas de hortelã, o sabor jamais mudava… era sempre o mesmo…

Muito do meu prazer pela leitura foi desperto pelos pequenos textos que vinham nas embalagens daqueles acepipes comprados com uma moedinha. Algumas marcas de chiclete imprimiam, em seus invólucros protetores do doce, uma pequena historieta em quadrinhos… ou micro contos de três, quatro linhas. Mais gostoso que apreciar a guloseima era ver o que encontraríamos junto ao nosso doce. Coraçõezinhos, pequenas estrelas… todo tipo de desenhos que encantavam a petizada…

Além dessa quadrinha, que uso em meu banner quando publico nas redes, tem também uma outra que ensinei aos meus filhotes, que diz:

“Amigo que não presta,
Faca que não corta,
Que se percam,
Pouco importa…”

Essa segunda quadrinha é o guia de seu dia a dia. Seu amigo mostrou-se falso em várias ocasiões? Então não é seu amigo, é melhor deixá-lo seguir seu rumo…

Bem, em determinado período de minha vida mergulhei na leitura de tal forma que devorava uma média de seis livros por semana. Claro que nem todos eram comprados por mim. Nesse período eu fazia parte de um grupinho na empresa em que trabalhava, éramos um total de oito integrantes. Cada um comprava um livro e todos liam, pois conforme a leitura era completa, íamos repassando o livro para o outro. Acabei não ficando com nenhum dos livros que comprava, o que era normal… a gente deixava o livro com a lider do grupo, que depois os guardava. Mas era gostoso, afinal, cada um tinha seu estilo de leitura favorito e acabávamos conhecendo escritores que, de outra forma, jamais leríamos. Foi com esse pessoal que conheci Sidney Sheldon, Stephen King e outros… e devo confessar… terminei me apaixonado pela forma de escrever do Stephen… isso porque nunca fui fã de livros de terror…

Depois que conheci os livros de King resolvi ler “Drácula”. Confesso que, apesar de já conhecer o personagem através das histórias em quadrinhos, ler o livro foi assim uma experiência diferente, uma vez que a forma que ele foi escrito era algo novo para mim…

O fato de Stocker escrever a história do vampiro sempre pela ótica de outras pessoas e o protagonista jamais estar vivenciando as ações realmente, bem, essa forma de escrever me deixou fascinada. Cheguei a tentar, algumas vezes, a copiar seu estilo. Sem sucesso, confesso…

Depois de devorar “Drácula” foi a vez de conhecer o romance “Carmilla”, outro livro onde a protagonista também é apenas citada… é através das recordações de Laura que conhecemos a misteriosa Carmilla. Sheridan le Fanu nos enreda de tal forma com a saga vivida pela jovem em um castelo na Estíria que acabamos, de certa forma, apaixonadas pela misteriosa Condessa…

Os livros tem esse poder sobre nós. Nos prende de tal forma no mundo imaginado por seus autores que, em determinado momento, acabamos por vivenciar tudo aquilo que este criou. Ficamos reféns de seu mundo fantástico. Entre os vários livros que devorei em minha vida, uma das cenas que mais me marcou está no livro “O Cemitério”, de King. A cena em que ele descreve a morte do filho do protagonista, atropelado por um caminhão na rodovia, até hoje me deixa comovida. É um romance de terror, mas até metade do livro é uma história normal, sem nenhuma pista de que haverá uma intervenção sobrenatural…

Mas de qualquer forma, meu intuito era falar da quadrinha com a qual iniciei esse texto Para mim é meu guia de vida. Porque realmente, se vivermos apenas em função de nós mesmo, sem darmos espaço para o amor a outras pessoas, não estaremos vivendo de verdade… estaremos apenas vegetando. O amor, em toda a sua plenitude, é que dá sentido à nossa vida. De outra forma, seria uma existência vazia, sem sentido…

O amor é a Luz que nos guia através de nossa caminhada por esse plano. Talvez você estranhe por eu ter citado alguns livros de terror nesse texto, onde finalizo falando sobre a vida ao lado de alguém. Mas no final, é sobre isso que todos os autores falam… enaltecem o amor, não importa qual caminho escolhido. A mensagem em todos os textos é clara… sem amor, não há como vencer nesse plano…

Vamos dar valor à pessoa amada, vamos dar as mãos aos nossos entes queridos… pois é a união desses que iluminará nosso caminho e nos ajudará a seguirmos a estrada rumo aos Campos Elísios, o mundo onde impera a Paz e a Felicidade por todo o sempre, onde a inveja, o ódio e todos os sentimentos negativos jamais encontrarão morada…

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