Às vezes, o reencontro com alguém não é apenas um gesto do acaso, mas uma convocação da alma. Quando buscamos, mesmo em silêncio, é porque algo dentro de nós clama por sentido, por presença, por resposta.
Encontrar alguém mergulhado na ausência de si mesmo é como ver um espelho embaçado, há ali uma imagem, mas ela não se reconhece. A vida, com suas exigências e promessas, pode nos deixar à deriva, lamentando o que foi, ignorando o que é, e temendo o que virá. Mas há um chamado que ecoa além do desânimo: o chamado para despertar.
Orar é acender uma vela no escuro, mas agir é caminhar com ela acesa. Fé sem movimento é como uma estrela que brilha, mas não aquece. É preciso assumir o lugar ao qual pertence, de quem é filho do céu, herdeiro da esperança.
Olhar para o firmamento é lembrar que há beleza mesmo na vastidão. O céu estrelado não é apenas cenário é mensagem. Cada estrela é um lembrete de que há luz mesmo na noite mais longa. E o luar, com sua serenidade, embala sonhos que ainda podem nascer.
Nossa história não está perdida. Ela está nas mãos de quem sabe escrever com amor, mesmo nas páginas rasgadas. Despertar para a vida é aceitar que há mais do que dor, mais do que passado há possibilidade, há recomeço.
Porque até você, que se sente esquecido, é lembrado. Até você, que se cala, é ouvido. Até você, que se perdeu, pode ser encontrado. Basta querer. Basta levantar os olhos. Basta viver.
