George Ivanovitch Gurdjieff (1866-1949) foi um dos grandes mestres espirituais e esoteristas do século XX, cuja vida e obra permanecem envoltas em mistério e fascínio. Nascido em Alexandropol, na Armênia — então parte do Império Russo —, Gurdjieff dedicou sua existência à busca do conhecimento universal e à revelação das leis ocultas que regem o ser humano e o cosmos. Filho de um poeta e contador de histórias da tradição oral caucasiana, herdou desde cedo o gosto pelas narrativas sagradas e pelos mitos de origem, o que moldou sua vocação para o caminho da sabedoria iniciática.
Filósofo, mestre espiritual, visionário precursor da Nova Era, durante décadas Gurdjieff empreendeu viagens por regiões remotas do Oriente, incluindo o Egito, a Turquia, a Pérsia, o Tibete, o Afeganistão e a Índia, em busca de escolas esotéricas antigas. Ele afirmava ter encontrado, em um mosteiro perdido na Ásia Central, a Irmandade Sarmung, depositária de um conhecimento primordial que unia o misticismo oriental à ciência ocidental. Dessa experiência, emergiu o que viria a ser chamado “O Quarto Caminho” — um sistema de autodesenvolvimento que conciliava corpo, mente e emoção, propondo ao discípulo o despertar da consciência através da atenção e do esforço deliberado.
A escola de Gurdjieff conduz os adeptos até alcançar o seu máximo potencial, físico, mental e espiritual, culminando com a libertação. Os procedimento herméticos incluem o estudo intelectual, a auto-observação, meditação, danças sagradas e trabalhos cooperativos.
Gurdjieff era considerado, por muitos de seus contemporâneos, um verdadeiro mago. Sua presença magnética, suas práticas rituais, danças sagradas e ensinamentos simbólicos revelavam uma compreensão profunda das energias sutis e dos mecanismos espirituais que operam no homem. Suas coreografias e exercícios, chamados de “Movimentos”, eram inspirados em tradições sufi e dervixes, configurando um método ritualístico de purificação interior e de reconexão com o divino.
Durante sua estadia em diversas cortes e centros intelectuais — particularmente na Rússia czarista e, mais tarde, na França — Gurdjieff reuniu discípulos de destaque, entre eles o matemático e esoterista P. D. Ouspensky, responsável por difundir amplamente suas ideias no Ocidente. Estabeleceu, na França, o Instituto para o Desenvolvimento Harmonioso do Homem, em Fontainebleau, que funcionava como um laboratório espiritual e centro de estudos herméticos, reunindo artistas, músicos, escritores e buscadores.
A influência de Gurdjieff na espiritualidade moderna é imensurável. Seu ensinamento combina elementos da filosofia gnóstica, do hermetismo e do cristianismo esotérico, propondo que o homem comum vive em “sono hipnótico” e precisa de um trabalho consciente para “lembrar-se de si” — ideia que ressoa profundamente com as doutrinas iniciáticas ancestrais. Gurdjieff via o ser humano como um microcosmo que reflete o macrocosmo universal, em perfeita consonância com a máxima hermética: “O que está em cima é como o que está embaixo.”
Assim, sob a luz da Tradição, Gurdjieff se revela não apenas como um mestre, mas como um mago que reintroduziu no Ocidente o sentido da prática espiritual como arte de transformação interior. Seu legado permanece vivo nas escolas que seguem seu método, perpetuando a busca pelo autoconhecimento, pela harmonia e pela integração do homem com as leis cósmicas.
Os ensinamentos iniciáticos de Gurdjieff são seguidos, na teoria e na prática, pelos adeptos do Colégio dos Magos e Sacerdotisas, compondo um vasto cenário hermético, juntamente com a magia, a teosofia, a alquimia, a astrologia, a numerologia, o tarot, a quiromancia, e outros conteúdos ancestrais.
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Giovanni Seabra
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Grão-Mestre do Colégio dos Magos e Sacerdotisas
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