A casa de Andre Johnson foi invadida. Roubaram troféus, camisas, relíquias.
Não foi apenas um crime: foi uma tentativa de apagar uma trajetória. Paul Ricoeur nos fala da memória como construção ativa. O que se leva de uma casa não são objetos, são narrativas.
O esporte negro nos EUA sempre foi trincheira e palco de dignidade. Tirar dele seus marcos é tentar apagar a resistência. Mas como disse Stuart Hall, a cultura popular sempre escapa e a memória, mesmo ferida, se recompõe.
