Ontem o Brasil comemorou uma boa notícia: a CCJ do Senado rejeitou a chamada PEC da blindagem. Confesso que senti alívio, porque essa proposta era um verdadeiro insulto à inteligência do povo brasileiro. Foi uma tentativa imoral, vinda de deputados que não se envergonham de agir contra o país e contra qualquer princípio de moralidade pública.
A chamada PEC da blindagem (que muitos já apelidaram, com razão, de PEC da impunidade ou PEC da bandidagem) buscava criar mecanismos para dificultar investigações e punições de parlamentares. Em outras palavras, era uma forma de dar um “escudo” legal para políticos suspeitos de crimes, blindando-os da Justiça. Se tivesse passado, significaria que aqueles que deveriam dar exemplo de probidade e ética estariam, na prática, acima da lei.
Felizmente, os senadores, talvez movidos pela forte pressão popular e pelas manifestações nas ruas, optaram por não levar adiante uma proposta tão vergonhosa e impopular. E eu penso que isso mostra a força da democracia quando o povo se mobiliza: é a prova de que nossas vozes ainda têm peso e podem barrar retrocessos.
Celebro não apenas a rejeição de uma PEC imoral, mas também o sinal de que ainda existe espaço para esperança. A política brasileira precisa, mais do que nunca, de coragem para enfrentar os problemas reais do país, e não de manobras para proteger quem deveria estar respondendo pelos seus atos.
