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O Pantanal em chamas e a Amazônia sufocada pedem socorro

A crise ambiental que afeta o Pantanal e fragmenta a Amazônia não é nova, mas agora se intensifica sob o signo da desresponsabilização. Incêndios, seca, avanço agropecuário: o ciclo da devastação se repete como farsa e tragédia.

A Ecologia Política, com nomes como Arturo Escobar e Philippe Descola, afirma que não há natureza sem cultura. O fogo que consome o Pantanal não é natural, é produzido por uma racionalidade extrativista que considera a floresta um obstáculo ao lucro.

As comunidades tradicionais denunciam há anos esse modelo de desenvolvimento que marginaliza os saberes locais e precariza os modos de vida. A necropolítica ambiental do Brasil contemporâneo evidencia que a morte vegetal, animal e humana é política. A fumaça no ar é, também, fumaça na democracia.

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