Notibras

Obra organizada pela Revista Navalhista e Editora Sertão Pasárgada traz diversidade e potência literária

A poesia contemporânea brasileira pulsa com força, diversidade e ousadia. É nesse cenário que surge a antologia poética Palavras são navalhas, fruto da parceria entre a Revista Navalhista e a Editora Sertão Pasárgada. Reunindo 50 poetas — 25 mulheres e 25 homens — vindos de 21 estados brasileiros (além de uma autora haitiana), a obra se apresenta como um verdadeiro mosaico de vozes, estilos e perspectivas, todas unidas pelo fio cortante da palavra poética.

Na entrevista que segue, concedida pelo editor da Editora Sertão Pasárgada, Aliedson Lima, ele fala sobre os critérios de seleção que nortearam a coletânea, os desafios enfrentados no processo editorial, a importância da diversidade geográfica e temática dos textos e os objetivos de impacto cultural e literário que acompanham esse projeto. Mais do que uma simples reunião de poemas, Palavras são navalhas se propõe a ser um espaço de resistência, crítica e celebração da poesia independente no Brasil de hoje.

A pré-venda da antologia já está aberta, e cada exemplar adquirido contribui para que esse projeto coletivo ganhe vida e circule pelo país. Um dos poetas participantes é Guilherme de Queiroz (@guiesuaspoesias), autor de “Esta leitura é gratuita” cujos poemas já brindaram os leitores do Café Literário.

– Quais critérios vocês utilizaram para selecionar os poemas que fizeram parte da coletânea, e como você acha que esses critérios refletem a diversidade da poesia?

A antologia poética Palavras são navalhas nasce da parceria entre a Revista Navalhista e a Editora Sertão Pasárgada. Os poemas selecionados vieram do acervo recebido pela Revista, desde de quando o projeto ainda se chamava Literatura & Outros Blues, cinco anos atrás. Para termos uma ideia, na última chamada da Revista (edição de inverno), foram recebidos quase 400 e-mails. Deles, mais da metade era poesia. O maior critério de seleção já trazemos no título: o que há de cortante em cada verso. Independente do tema, o quão objeto-cortante cada poema se mostrou. Isso refletiu até na forma de estruturar a obra, quando precisamos criar um neologismo para dar conta do recado: cada uma das cinco seções é um “navalhário”. A segunda seção, por exemplo, que traz poemas preocupados em pensar o mundo e suas dores, com um teor de crítica social mais acentuado, chama-se “navalhário para trucidar corações que lutam”.

– Qual foi o maior desafio que vocês enfrentaram ao organizar uma coletânea de poemas e como se superou esse obstáculo?

Foi de caráter espacial-quantitativo. Se tínhamos à disposição uma vasta produção de praticamente todos os estados do país, tínhamos a oportunidade de fazer uma seleção mais plural. Fugir um pouco dessas antologias centralizadas que vemos por aí. Abarcar o máximo de estados possível, sem deixar cair a qualidade da produção poética – esse nosso maior desafio da primeira fase. Conseguimos trazer, em uma mesma obra, 25 mulheres, 25 homens, distribuídos em 21 estados (se contarmos com o Distrito Federal) e uma haitiana, a poeta Tamara Isaac. Creio que isso responde também sobre como os critérios refletem na diversidade.

– Como trabalham com os autores e a edição para garantir que a coletânea seja coerente e de alta qualidade?

A coerência está no fio, no poder de corte de cada poema. Nisso podemos assegurar que temos aqui um poemário muito interessante. O trabalho com os/as autores/as no momento é de divulgação da obra, que se encontra em pré-venda. Fazer com que o público leitor entenda a importância de adquirir o livro já na pré-venda (o que tornará possível a publicação) tem sido um baita desafio.

– Qual é o objetivo com essa coletânea de poemas? Esperam que ela tenha algum impacto específico nos leitores ou na comunidade literária?

Como todo livro que vem ao mundo, nosso objetivo é que essa obra coletiva alcance o máximo de leitores possível. Que se espalhe, levando consigo essa poesia-navalha e um pedacinho do Brasil. Trazer para o debate figuras que já são conhecidas no meio da produção poética contemporânea e figuras que, com certeza, serão reconhecidas nos próximos anos, é de alguma forma impactante. Espero que também seja esse o sentimento de nossas(os) leitoras(es).

– Quais são os planos futuros para a coletânea, e como vê a poesia evoluindo nos próximos anos?

Para pensarmos em planos futuros, precisamos de um futuro. Para que a antologia poética Palavras são navalhas venha ao mundo, contamos com o apoio de cada um(a) de vocês que gostam de poesia. A pré-venda vai até o dia 3 de outubro. Contamos muito com o apoio dos leitores de todo o Brasil. O link para adquirir o livro, com algumas recompensas e frete grátis, está fixado em nossa bio do Instagram: @editorasertaopasargada e também pode ser acessado diretamente abaixo:

……………………………..

https://benfeitoria.com/projeto/palavrassaonavalhas?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAafA7s_in9DThmss6RWffnXrlljt9oeZT0BM9JNB4t4gmVGlh7cDgMySlJAuFw_aem_-bajoegRbSs7yktYGHE0fQ

Sair da versão mobile