Em dias de desânimo, e olha que eles não são tão raros assim, cada pessoa encontra um jeito peculiar de não surtar. Tem gente que jura que uma boa xícara de chá resolve tudo. Outros se refugiam em séries, mergulham num mundo paralelo onde o maior problema é um zumbi ou um triângulo amoroso. Há quem prefira dormir. E há os que comem… e comem… e comem mais um pouquinho.
Respeito todas as estratégias. Afinal, sobreviver ao caos é um ato de criatividade. E o importante nesses casos, é conseguir relaxar.
Mas eu, como boa brasileira, tenho uma tática que considero infalível: tomo um bom banho. É assim que relaxo.
Sim, banho. Mas não qualquer banho. É banho com intenção, sem pressa, prestando atenção apenas nas sensações do momento.
Água morna caindo no corpo tem um poder quase espiritual. Relaxa os músculos, alivia o peso das ideias emboladas na cabeça e ainda dá aquela ilusão reconfortante de que todos os problemas estão sendo lavados também e escorrendo junto com a espuma, direto pro ralo.
É um ritual. Fecho a porta, coloco uma toalha no lugar certo (importantíssimo!), pego um sabonete cheiroso, apago a luz e penso: “isso aqui é autocuidado”. E é mesmo. Tem dia que tudo o que a gente consegue fazer é cuidar de si. E tá tudo bem. Tem dia que o banho é a minha vitória do dia.
Então, se você também anda desanimado, frustrado, com vontade de gritar ou desaparecer por uns dois dias e meio, experimente isso: tome um bom banho, relaxe. Não vai resolver a vida, mas já melhora o humor, o cheiro, a aparência e, com sorte, a disposição pra tentar de novo no dia seguinte.
Porque no fim das contas, a gente não precisa vencer a guerra toda de uma vez. Às vezes, basta só se manter limpo e seguir.
