A vida coletiva é feita de ciclos que se repetem. Violência gera medo; medo gera silêncio; silêncio gera indiferença. Testemunhei essas repetições inúmeras vezes: famílias que reproduzem traumas, comunidades que naturalizam injustiças, gerações que aprendem a desistir cedo demais.
Mas há também ciclos de esperança: atos de solidariedade, educação compartilhada, atenção às vozes esquecidas. Cada ciclo que escolhemos iniciar ou interromper não é apenas nosso: afeta todos ao redor, moldando futuros que não vivemos, mas compartilhamos.
A pergunta que ecoa é clara: quais ciclos estamos fortalecendo? Aqueles que destroem ou aqueles que salvam? Porque, enquanto coletivo, nossas ações nunca são isoladas.
