Mais uma vez, a floresta arde e a população silencia. A crise ambiental no Pantanal e na Amazônia não é uma catástrofe natural. É um projeto de morte. Como nos lembra Eduardo Viveiros de Castro, a Amazônia é um sujeito, não um recurso.
A Antropologia Ecológica e a Sociologia Ambiental mostram que quem mais sofre com os desastres ambientais são os povos tradicionais, ribeirinhos, negros e indígenas. A colonialidade da natureza transforma florestas em mercadorias e transforma seus defensores em criminosos.
Sinto que cada notícia de incêndio é um ataque direto ao nosso futuro. Como mulher que acredita na potência da terra, me entristece ver o fogo como ferramenta de lucro. O Brasil queima não por falta de água, mas por excesso de ganância.
