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Peru perde pênalti, passa em branco e Dinamarca vence

Foto/Sputniknews

A seleção peruana não disputava uma Copa do Mundo há 36 anos. A expectativa de seus torcedores era grande, tanto é que a ampla maioria do estádio cantava em espanhol em apoio ao time sul-americano. Mas em campo a Dinamarca aproveitou um contra-ataque e venceu a partida por 1 a 0 neste sábado na Arena Mordovia, em Saransk, pela primeira rodada do Grupo C da Copa do Mundo.

O resultado levou a seleção dinamarquesa aos três pontos, empatada com a França, que mais cedo venceu a Austrália por 2 a 1. Na próxima rodada, quinta-feira, o Peru enfrentará a França em Ecaterimburgo, às 12h (de Brasília). A Dinamarca jogará contra a Austrália, às 9h, em Samara.

Os peruanos foram mais agressivos por quase toda a partida. Mas na única vez que o meia dinamarquês Eriksen, destaque do Tottenham, recebeu com liberdade, foi fatal. No segundo tempo, ele deu assistência para Poulsen marcar o gol do jogo.

O técnico Ricardo Gareca optou por começar com Guerrero no banco de reservas. O atacante do Flamengo está no Mundial graças a um efeito suspensivo que conseguiu na Justiça Comum da Suíça – ele foi condenado por doping na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) a 14 meses de suspensão.

No duelo deste sábado, ele entrou aos 15 minutos do segundo tempo, logo após a Dinamarca ter aberto o marcador. E fez uma boa partida. Criou ao menos duas oportunidades e por pouco não fez um golaço de calcanhar.

Quem não foi bem na seleção peruana foi o meio-campista Cueva, do São Paulo. Ele isolou uma cobrança de pênalti ainda no primeiro tempo (assinalado somente após consulta do VAR) e na etapa final desperdiçou oportunidade pouco antes de os dinamarqueses marcarem.

As duas seleções vinham de uma invencibilidade de 15 jogos. A última derrota da seleção peruana foi para o Brasil em novembro de 2016, quando foi superada em 2 a 0 pelas Eliminatórias. Os dinamarqueses ainda não haviam sofrido gols em 2018.

A seleção peruana começou pressionando. Com o apoio de seus torcedores que tomaram conta do estádio, o time sul-americano foi para cima e Carrillo criou a primeira boa chance ao invadir a área pelo lado direito e bater cruzado para defesa de Schmeichel. Os torcedores cantavam, a equipe marcava a saída de bola dinamarquesa e Farfán bateu na rede pelo lado de fora em outra oportunidade.

O volante dinamarquês Kvist levou uma pancada na costela e precisou deixar o campo de maca. Schöne entrou em seu lugar em um momento que os dinamarqueses já conseguiam equilibrar o jogo. E foi de Schöne a primeira boa chance ao aproveitar a sobra de um chute na barreira e bater para defesa de Gallese.

No último minuto do primeiro tempo, Cueva foi derrubado na área. O árbitro de Gâmbia, Bakary Gassama, mandou o jogo seguir. Os jogadores peruanos protestaram, o estádio passou a vaiar. O juiz então paralisou a partida, correu até a tela de televisão na beira do gramado e, após consultar a equipe de arbitragem de vídeo, deu a penalidade. O próprio Cueva foi para a cobrança e isolou por cima da meta.

O segundo tempo começou equilibrado com as duas equipes buscando o ataque. O Peru teve grande oportunidade com Cueva, que cortou o zagueiro e tocou em vez de chutar. No contra-ataque, Eriksen avançou com liberdade e deixou Poulsen na cara do gol. Ele só teve o trabalho de tirar o goleiro para abrir o marcador.

Gareca então finalmente colocou Guerrero em campo. Em sua primeira participação, cabeceou para defesa de Schmeichel. Na sequência Farfán tirou tinta da trave em um cabeceio. Pouco depois, Guerrero mandou de calcanhar com muito perigo.

A seleção peruana ia com tudo para cima dos dinamarqueses, que tentavam liquidar a partida no contra-ataque. Eriksen recebeu de frente para Gallese, mas não teve espaço para chutar. Nos minutos finais, os peruanos foram todos ao ataque, mas o gol estava difícil de sair. No último lance, Advincula demorou para mandar a cobrança de lateral para a área e o árbitro encerrou o jogo.

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