Após a superfaturada obra de reforma do estádio Maracanã, que custou R$ 1,5 bilhão, o Governo Pezão aprovou mais uma negociata: A empresa GL Events levou a concorrência milionária para a instalação das estruturas provisórias do complexo esportivo durante a Copa do Mundo. A empresa conseguiu o contrato depois de o governo do Rio de Janeiro eliminar a primeira colocada na licitação por falta da documentação exigida. Na Copa das Confederações, a GL já havia vencido a mesma concorrência.
O curioso é que em março, um mês antes da licitação, a empresa foi logo comprando os geradores para as estruturas provisórias que serão montadas no Maracanã para a Copa. A GL Events também foi responsável pelas estruturas temporárias do estádio na Copa das Confederações, no ano passado. O contrato a que a precavida empresa já imaginava ter ganho é de R$ 33,7 milhões.
Bolso vazio – Pezão não facilitaria as coisas para a empresa a troco de nada. Precisa de caixa para a campanha eleitoral, que começa em julho. Com os cofres estaduais vazios, o governo prepara ainda a venda do prédio do Banerjão, no Centro do Rio. O valor acertado entre a administração estadual e o banco Bradesco é de R$ 160 milhões e a compra está para ser concluída nos próximos 40 dias. O processo encontra-se na Procuradoria Geral do Estado aguardando apenas detalhes para ser concluído.
A falta de dinheiro nos cofres estaduais é tamanha, que nem mesmo o empréstimo de R$ 4,4 bilhões do Rio Previdência antecipado para o Estado dá a garantia que o fluxo de recursos garantirá o pagamento em dia dos funcionários até o fim do ano. Os fornecedores e prestadores de serviço já estão sentindo o gosto amargo dos atrasos.