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Pezão descuida da educação e professores entram em greve

Cansados do descaso com quem vem sendo tratados pelo governador Luiz Fernando Pezão, os profissionais da rede estadual de ensino resolveram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 12. A decisão foi tomada ontem, em assembleia geral unificada junto com os profissionais da rede pública municipal do Rio, no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte carioca.

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe-RJ) convoca toda a categoria das duas redes para se prepararem para a greve, mobilizando as escolas. No dia 15, às 10 horas, haverá nova assembleia unificada, no Clube Municipal, seguida de ato público.

Eis as reivindicações da categoria das duas redes: Plano de carreira unificado; reajuste linear de 20% com paridade para os aposentados; contra a meritocracia e pela autonomia pedagógica; não à privatização da educação; contra o repasse das verbas para empresas, bancos, Organizações Sociais, fundações; fim da terceirização; cumprimento de 1/3 de planejamento extraclasse; 30 horas para os funcionários administrativos; eleição direta para diretores; uma matrícula, uma escola; equiparação salarial entre PEI, PI e PII; reconhecimento do cargo de cozinheira (o) escolar; 15% de reajuste entre níveis e convocação imediata dos aprovados no concurso para professor de 40 horas da rede municipal do Rio.

Segundo o sindicato, os governos estadual e municipal do Rio até agora não atenderam às reivindicações da categoria nem cumpriram os compromissos firmados, que determinaram o fim das greves nas redes, no ano passado. Esta sexta-feira audiência com a Secretaria Municipal de Educação do Rio sobre as reivindicações do município.

As redes estadual e municipal do Rio atendem mais de 1,6 milhão de alunos (1.380 escolas estaduais e 1.076 municipais). Nelas trabalham mais de 140 mil professores e funcionários. O piso do professor da rede municipal é de R$ 1.587. Os funcionários da rede recebem piso de R$ 937. Na rede estadual, o professor recebe piso de R$ 1.081 e o funcionário, R$ 903.

Outros municípios – Em outros municípios, professores da rede pública também estão em greve ou se mobilizando, com pauta semelhante de reivindicações. Em São Gonçalo, os professores decidiram ontem continuar a greve que perdura desde 25 de março; Em Duque de Caxias, o magistério local iniciou ontem greve de advertência de 72 horas, que poderá se ampliar, caso o prefeito Alexandre Cardoso não aceite a pauta da categoria; Em Niterói começou ontem também greve de 48 horas. Nos dias 13, 14 e 15 deste mês farão nova greve de advertência. No dia 15, haverá assembleia da rede municipal para decidir pela greve por tempo indeterminado.

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