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Polícia apura fraude nos testes anti-covid

O governo de Brasília pode ter comprado gato por lebre no combate ao novo coronavírus. E os testes feitos na população poderiam ser comparados a maizena com água – nem fede nem cheira.

A suspeita é do Ministério Público, que deflagrou uma operação que apura irregularidades na compra dos kits de Covid-19. Além do Distrito Federal, a ação se desenvolve em Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Espírito Santo.

Entre os alvos, estão o subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde Iohan Andrade Struck, e o diretor do Laboratório Central do Distrito Federal Jorge Antônio Chamon Júnior.

As investigações apontam superfaturamento nas compras e baixa qualidade dos testes, que podem dar falso negativo. O prejuízo aos cofres públicos com as compras superfaturadas é estimado em cerca de R$ 30 milhões. São investigados crimes como fraude a licitação, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e cartel.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou, por meio de nota, que “todos os testes adquiridos, recebidos por meio de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde, tem o certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa – e portanto foram testados e aprovados pelo órgão Federal”.

Em relação aos preços, a secretaria informou que “representam os valores praticados no mercado”. “As compras foram efetuadas avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas”, diz a nota.

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