Notibras

Polícia Militar pega 3 milhões para comprar cavalo de hipismo

Quando a gente pensa que já viu de tudo somos surpreendidos com mais um absurdo na série gastanças do Distrito Federal. Não tem muito tempo e o Comandante da Polícia Militar foi demitido por gastar uma fortuna na compra de capas de chuva.

Agora a aquisição é outra mas o gasto milionário é exatamente igual. Através do pregão com registro de preços 23/2014, cujas propostas vão ser abertas no próximo dia 14 de abril, a Polícia Militar pretende gastar mais de 3 milhões de reais, repito, mais de 3 milhões de reais para a aquisição de cavalos da raça BH. Esta raça se destina à prática de hipismo na modalidade salto e não para o patrulhamento de ruas.

Não consta que a PMDF possua algum cavaleiro ou amazona que possa se destacar nas Olimpíadas de 2016, logo, nossa coluna foi ouvir especialistas no mercado de cavalos e por se tratar de uma aquisição inédita está cercada de mistério.

No DF e no Brasil, poucos são os criadores que dispõem de uma quantidade tão grande de animais desta raça, para disponibilizar de uma só vez e muito menos haras cadastrados na forma exigida pela lei de licitações. Em Brasília, por exemplo, não tem nenhum.

A suspeita é de alguma empresa ou entidade estará se habilitando para intermediar as aquisições e assim atender, conforme a demanda da PM as encomendas que serão feitas, ao que parece na medida, para as atividades de lazer esportivo,pois o BH não tem a rusticidade necessária para o patrulhamento de rua.

Ao que parece o governador do Distrito Federal não foi informado da aquisição e o volume gasto com ração no Regimento de Polícia Montada do DF, nos últimos três anos, nem de longe nos permite concluir que estejam a faltar cavalos, a não ser que estejam dando sumiço nos que existem ou existiam lá.

O Ministério Público Militar e o Tribunal de Contas já estão de olho na denúncia, que pode envolver militares ativos e reformados da PMDF nesta compra de milhões, com o apoio de algum grupo de criadores, as propostas já foram entregues e a quebra dos sigilos telefônicos e de e-mails dos envolvidos pode esclarecer muita coisa. É esperar para ver.

Celson Bianchi

Sair da versão mobile