Uma mulher de 51 anos foi presa nesta quinta-feira em uma operação especial da Polícia Civil. Ela é suspeita de comandar um laboratório de fabricação de CDs e DVDs piratas no Sol Nascente.
Na casa onde funcionava a ‘fábrica’ os policiais encontraram 64 máquinas de gravação, impressoras, galões de tinta e milhares de mídias virgens e gravadas. O material foi apreendido e será encaminhado para destruição.
Segundo o delegado-adjunto da Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DCPim), Helder Pedron, a mulher disse que trabalhava sozinha no local e que falsificava os itens por necessidade financeira. O material produzido era variado, “de aulas de cursinho para concurso a filmes eróticos”.
“Se ela trabalhasse oito horas por dia, 20 dias por mês, como um trabalhador comum, a gente estima que poderia lucrar R$ 50 mil mensais. O equipamento é muito grande e rápido”, afirma Pedron.
O laboratório caseiro conseguia falsificar até 800 mídias por hora, segundo a polícia. A suspeita é de que a estrutura tenha funcionado por cerca de um ano e meio. A mulher atuava como “atacadista”, fornecendo os produtos para comercialização em feiras e espaços públicos do DF.
Ela vai responder por violação da propriedade intelectual e pode pegar de 2 a 4 anos de prisão. A fiança foi estipulada em R$ 5 mil. Até as 19h desta quinta (23), familiares da suspeita ainda tentavam arrecadar o dinheiro para que ela pudesse responder em liberdade.