O Brasil vive um momento decisivo. Enquanto o povo encara a dura realidade do regime 6×1, seis dias de trabalho para apenas um dia de descanso, os poderosos seguem se beneficiando de privilégios e mordomias bancados com o suor da classe trabalhadora. Milhões vivem sem tempo para descansar, conviver com a família ou sequer respirar com dignidade. Muitos nem têm direito à folga. A exploração está escancarada e pior, normalizada por políticos que deveriam defender o povo que os colocou no poder.
Lá no topo da pirâmide, as elites seguem blindadas. Bilionários fazem chantagem contra o país ao ameaçar levar seus negócios para fora se forem taxados. Mas para onde? Para pagar imposto lá fora? Mentira deslavada. Eles não querem pagar aqui nem em lugar nenhum. Querem manter a mamata de sempre, sustentados por um Congresso que faz tudo, menos representar quem realmente deveria.
O Congresso Nacional está entre os mais caros do mundo. Deputados e senadores acumulam salários altos, auxílios generosos e regalias que afrontam a realidade do país. Tudo isso bancado pelos impostos de quem mal tem o que comer. Somos nós, o povo, que sustentamos esse sistema. Mas na hora de repartir os frutos, ficamos com as migalhas. Para os de cima, luxo. Para os de baixo, trabalho de sol a sol. Não queremos mais deputados!
Não queremos aumento de salário para parlamentares! Queremos justiça! Respeitem quem paga o salário de vocês!
É por isso que o povo tem ido às ruas para exigir uma reforma tributária que sirva a ele e não ao mercado. Queremos o fim dos impostos injustos sobre o consumo que penalizam os mais pobres. Queremos isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Queremos taxar os super-ricos, os lucros, dividendos e as grandes fortunas que há décadas só acumulam às custas da miséria alheia.
A mobilização também é uma resposta à covardia dos que barram cada avanço popular. Sempre que se propõe tirar um centavo dos ricos para melhorar a vida do povo, as vozes da elite, da mídia cúmplice e de políticos serviçais gritam que não dá. Mas para eles, sempre deu. Dá para perdoar bilhões em dívidas de grandes empresários, mas não para garantir arroz no prato?
O povo vai às ruas porque não aguenta mais ver criança sem escola, hospital sem remédio e fila para tratamento enquanto parlamentares viajam de jatinho, se hospedam em resorts e gastam milhares com comida de luxo. Porque sabe que sem mobilização e sem grito coletivo, nada muda. É o povo pressionando que faz a história girar. Manifestação, como a do dia 10, é também um alerta. O Brasil é do povo. Não vamos aceitar retrocessos, chantagens nem sabotagens.
As ruas são o palco da nossa luta. Exigimos respeito, justiça, dignidade e o fim da mamata. Porque quando o povo se levanta não há Congresso mamateiro que segure.
