Procrastinação e autossabotagem
Procrastinar e se sabotar não é preguiça ou falta de força de vontade. Essas atitudes vêm de uma raiz emocional profunda, que geralmente começa na infância ou em momentos difíceis da vida.
Na origem, estão medos e crenças que a gente internalizou – medo de errar, medo de não ser suficiente, medo de desagradar ou de fracassar. Muitas vezes, esses medos surgem quando alguém cobrou demais, fomos rejeitados, ou nos sentimos impotentes diante das cobranças da vida.
Como não processamos essas emoções na hora certa, o cérebro cria mecanismos para se proteger: empurrar tarefas para depois (procrastinar) ou criar sabotagens internas que justificam o não avanço.
Essa combinação é um sinal claro de que algo está travado lá dentro – uma mensagem para que você olhe com atenção para suas inseguranças e crenças limitantes. Ignorar essa mensagem é continuar preso no ciclo.
Para sair disso, primeiro pare de se culpar – isso só reforça o problema. Depois, questione: qual medo ou crença está me bloqueando? Pode ser medo de não dar conta, vergonha de errar ou até um “não mereço” silencioso.
Reconhecer essa raiz é libertador porque você deixa de lutar contra o sintoma e começa a trabalhar a causa.
Daí, o caminho é agir em pequenos passos. Comece por uma tarefa simples, mostre para você mesmo que é capaz e vá reconstruindo a confiança.
No fim, procrastinação e autossabotagem são um alerta emocional dizendo: “Pare, olhe para mim, estou te impedindo de avançar porque você não resolveu isso aí dentro.”
Encare esse alerta, cuide da raiz, e a mudança será real.
E lembre-se: para entender e resolver a fundo essas questões, buscar ajuda profissional faz toda a diferença. Procure alguém que ajude você a desvendar essas raízes e construir caminhos seguros para seguir em frente.
Entenda onde você está e por que isso importa
Procrastinar não é só um hábito chato – é um sinal do seu mundo interno dizendo que algo está bloqueando sua ação. A seguir, vou te apresentar um teste simples que vai te ajudar a entender como anda sua relação com o atraso, o medo e a autossabotagem.
Não espere respostas mágicas, mas espere clareza: onde você está travado e em que nível isso tem impactado sua vida. Se o resultado indicar um problema maior, esse é um convite para olhar para dentro, sem culpa, mas com coragem.
E lembre-se: reconhecer que precisa de ajuda não é fraqueza, é o primeiro passo para se libertar. Se sentir que a procrastinação está dominando, buscar um profissional que entenda a raiz emocional é o que vai transformar seu caminho de verdade.
Vamos lá?
Teste Rápido de Procrastinação: Como anda seu atraso interno?
Instruções:
Leia cada afirmação e responda com a frequência que você sente isso no seu dia a dia:
0 = Nunca
1 = Raramente
2 = Às vezes
3 = Frequentemente
4 = Quase sempre
1. Eu deixo tarefas importantes para o último momento possível.
2. Tenho dificuldade de começar uma tarefa mesmo sabendo que é importante.
3. Adio decisões para não enfrentar o desconforto que elas causam.
4. Sinto que minha mente se distrai facilmente quando tento focar.
5. Começo várias coisas ao mesmo tempo e não termino quase nada.
6. Prefiro fazer coisas que me dão prazer imediato, mesmo sabendo que tenho outras prioridades.
7. Me sinto culpado(a) ou ansioso(a) por deixar tarefas para depois.
8. Mesmo quando tenho tempo disponível, acabo não fazendo o que preciso.
Interpretação dos resultados:
Some suas respostas:
0 a 8: Baixa procrastinação — você mantém o controle da sua vida e das suas prioridades.
9 a 16: Procrastinação moderada — às vezes você deixa para depois, mas ainda consegue dar conta da maioria das coisas. Hora de observar o que te trava.
17 a 24: Procrastinação alta — o atraso está impactando seu bem-estar e resultados. Olhe para as raízes emocionais que te impedem de agir.
25 a 32: Procrastinação crônica — esse ciclo está dominando sua vida. Buscar ajuda profissional é fundamental para libertar essas amarras.
Se o teste mexeu com você, não se culpe. O primeiro passo é reconhecer o que está travando sua vida e começar a buscar caminhos para se libertar. Você merece sair desse ciclo.
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Marina Dutra – Terapeuta integrativa
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