O presidente Vladimir Putin advertiu nesta sexta-feira, 5 (horário local) que a Rússia não hesitará em atacar qualquer tropa estrangeira a serviço de Kiev em território ucraniano. A declaração foi feita como resposta a conversas da Alemanha, França e Reino Unido em enviarem armas e soldados para defenderem a terra de Volodimir Zelensky.
Putin também declarou que Moscou é o melhor lugar para conversas de alto nível com a Ucrânia e que a Rússia está pronta para garantir a segurança de tal reunião.
No entanto, ele expressou profundo ceticismo, acrescentando que está aberto a contatos, mas vê “pouco sentido”, já que chegar a um acordo sobre questões importantes seria “virtualmente impossível”.
“Quaisquer acordos sobre territórios devem ser confirmados por um referendo, de acordo com a Constituição ucraniana”, afirmou Putin. “No entanto, para realizar tal referendo, a lei marcial deve ser suspensa, pois não pode ser conduzida nessas condições.”
Outras declarações de Putin sobre a crise ucraniana:
Ele observou que, embora Kiev tenha descartado até recentemente qualquer possibilidade de contato com a Rússia, agora está solicitando tais negociações.
O presidente afirmou que garantias de segurança são necessárias tanto para a Rússia quanto para a Ucrânia, acrescentando que até agora ninguém as discutiu seriamente.
Atrair a Ucrânia para a OTAN é uma questão de interesse direto de segurança para a Rússia.
A Rússia nunca se opôs à integração da Ucrânia à Europa, e Putin caracterizou o desejo da Ucrânia de se juntar à União Europeia como uma escolha legítima.
