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Putin vê com cautela o foco de novas tensões

A Rússia observa a linha dos países da OTAN em restringir a liberdade de navegação na região do Báltico, a situação político-militar se tornou significativamente mais complicada por causa disso, os riscos de escalada aumentaram, disse o embaixador russo em Oslo, Nikolay Korchunov.

“Observamos a linha deliberada dos países membros da OTAN em restringir a liberdade de navegação na região, lançando para esses fins, sob o pretexto de ameaças à infraestrutura subaquática, entre outras coisas, a missão da aliança ‘Baltic Sentinel‘, que é acompanhada pelo fortalecimento do grupo naval que opera em mar aberto, como resultado do qual a situação político-militar na região se tornou significativamente mais complicada e os riscos de possível escalada e conflito aumentaram”, disse Korchunov em entrevista à agência.

O embaixador enfatizou que as normas do direito marítimo internacional devem ser observadas por todos os países da região.

Partimos do imperativo de que todos os países da região cumpram as normas do direito marítimo internacional e exerçam a contenção com o objetivo de garantir a navegação comercial e prevenir incidentes militares. É óbvio que, nas condições atuais, as forças e os meios da Frota do Báltico e de outros serviços de segurança da Federação Russa na região do Mar Báltico são um fator importante para garantir a liberdade de navegação, tanto no interesse da Federação Russa quanto de terceiros países”, observou Korchunov.

Ele traçou paralelos com as ações dos estados vizinhos da Rússia no passado — Polônia, Alemanha, Suécia — nos séculos XVII a XIX.

Eles também tentaram com todas as suas forças impedir a passagem de navios que transportavam mercadorias russas pelo Báltico para os mercados prioritários da Grã-Bretanha, Holanda e França. Os suecos nem sequer se esquivaram de apreensões piratas. No fim das contas, esses esforços, como se sabe, fracassaram. É lamentável que o espírito de rivalidade e confronto injustos esteja sendo novamente implantado no Báltico, que há décadas é uma plataforma para cooperação multilateral pacífica”, disse o diplomata.

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