Eu te sinto como quem respira o primeiro raio da manhã,
como quem encontra calor no meio do inverno.
És o brilho que acende meus dias,
a brisa que embala minhas noites,
a luz suave que dança sobre o mar
quando a lua se despe no horizonte.
Não te desejo por impulso,
mas por uma força que vem de dentro,
como raízes que crescem em silêncio
e sustentam tudo o que floresce.
És primavera em minha existência,
renovando cada parte de mim
com teu perfume invisível,
com tua presença que não precisa ser dita.
Às vezes, te quero tanto
que o sentimento se confunde,
e penso que deixei de sentir
mas é só o medo disfarçado,
o receio de que o tempo te leve
para longe do meu céu.
Meu coração, então,
oscila entre o frio da dúvida
e o calor da certeza.
Porque o que há entre nós
não é passageiro,
não é vento que sopra e se vai.
É amor que caminha sem mapa,
que enxerga mesmo com os olhos fechados,
que permanece mesmo quando tudo muda.
É amor que não precisa de explicação,
porque vive na essência,
na alma,
no espaço onde o tempo não alcança.
