Ontem eu saí um pouco da rotina e fui visitar uma amiga que mora numa cidade vizinha. Deixei minha pequena com o pai, e, confesso, não tô aguentando de saudade. A cada quilômetro que me afasta dela, parece que o peito fica mais apertado.
Fico lembrando da risada dela, daquela gargalhadinha gostosa que ilumina qualquer dia cinza. Do jeitinho que ela me chama, “mamaaaeeee”, esticando o e como se o mundo inteiro coubesse naquela palavra. Parece até que consigo ouvir daqui.
Antes de ter um filho, eu jamais imaginei que fosse possível amar alguém assim, tão profundamente, tão sem medida. É um amor que dói, que transborda, que me transforma todos os dias. E mesmo sabendo que ela tá bem, que tá cercada de carinho, a verdade é que meu coração só se acalma quando ela tá nos meus braços.
Hoje a saudade tá gritando mais alto. Acho que ser mãe é isso: descobrir que parte da gente mora em outro serzinho… e sentir falta dela até quando se está a poucos quilômetros de distância.
