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Quarenta faz lembrar Ali Babá, muitas promessas vãs e o PSB de RR

Um dos números que aprendemos a decorar desde criança, é o 40. Vem de ouvirmos os contos das Mil e Uma Noites, contados por nossos avós, que nos provocavam um misto de riso e espanto com as peripécias de Ali Babá. Esse mesmo 40 ganhou força em Brasília nas eleições do ano passado, quando Rodrigo Rollemberg, assessorado por uma verdadeira máquina de marqueteiros, fez o povo acreditar no que hoje se sabe promessas vãs do candidato do PSB.

As promessas de Rollemberg não passam disso. Só acredita nelas quem crê em Papai Noel, Saci Pererê e Mula sem Cabeça. A realidade é outra, e mostra que o Distrito Federal tem sido vítima de grupos políticos que ganham as eleições, e quando tomam posse, agem contra os interesses do povo. Mas com o socialista que está de passagem pelo Palácio do Buriti, o cenário é ainda pior. Em apenas nove meses o governador já atentou contra a sociedade várias vezes. Na ponta do lápis, algo como 40.

Uma das primeiras atitudes de Rollemberg foi a mudança de procedimentos administrativos, quando ele transferiu a concessão de alvarás, antes a cargo das Administrações Regionais, para uma central vinculada ao Buriti. A medida dificultou a prestação do serviço, resultando no atraso de mais de 40 mil processos. Olha o 40 aí de novo. Depois de convencido de que tinha errado, o governador voltou atrás e redirecionou o serviço para as RAs.

Agora em meio às mirabolantes mudanças, o governador anuncia que reduzirá as Secretarias de 24 para 16, sem ter feito nenhum planejamento de como ficarão os atendimentos de cada pasta. Haverá fusão e a prestação de serviços públicos será novamente prejudicada, óbvio.

Brasília não consegue mais entender que Plano de Governo é esse que Rollemberg tenta colocar em prática. Com certeza não é o programa que ele exibia nas propagandas eleitorais. Há de se reconhecer as qualidades do marqueteiro que fez a campanha de RR, como um grande vendedor de ilusões. O governador também fala em reduzir as Administrações Regionais de 31 para 24. Mas, e a eleição para o cargo de Administrador Regional, como fica? Surge aí o primeiro calote nos eleitores.

Temas como saúde, educação, segurança, nem merecem comentários. A capital da República é sinônimo de caos. Rollemberg prometeu o bilhete único, e agora para ficar de malfeitor do povo anunciou 40% de aumento nas passagens de ônibus e metrô. Tem que ser 40, para que o povo saiba – é como se ele tivesse dito aos seus botões – quem na verdade manda.

E Rollemberg sorri intimamente, na mesma proporção de quem crucifica o povo.
Nas ruas, o que se pergunta hoje é que bicho mordeu esse governador que não deixou nem o Zoológico de Brasília de fora dos reajustes? O ingresso passou de 2,00 para 10,00, e os bichinhos continuam morrendo de febre amarela.

Sente-se que a revolta popular é crescente. A Geração Brasília não pode, não aceita e não quer ser enganada por quem se diz seu representante. Nas redes sociais, os comentários são os piores possíveis. Servidores públicos desesperados não conseguem mais dormir em paz. São vítimas do governador, que mirou a categoria como inimiga, e vem colocando em prática seus planos de maldade. E o contribuinte não recebe benefício nenhum em troca do dinheiro que paga em impostos.

Rollemberg não tem planejamento, costuma voltar atrás em suas decisões. Perdido e sem equipe, o governador se arrasta. Empossado, não tem autoridade. Se a máquina foi quebrada pelo desgoverno de Agnelo Queiroz, se os cofres foram arrombados, quem tem que solucionar a situação é a polícia, o Ministério Público, a Justiça. A essas instituições cabe ir atrás dos verdadeiros culpados pelo caos.

O povo não acredita mais na desculpa da crise. Se há crise, por que o governo fez licitações de milhões de reais para beneficiar apadrinhados? Por que foram assinados decretos emergenciais, que sequer foram suficientes para tirar a área da saúde pública da UTI?.

Se o povo não se rebelar, serão quatro anos pela frente. Menos mal. Se fossem os 40 representados pelo PSB de Rollemberg, coitados de nossos netos e bisnetos. Esses teriam que se contentar com as histórias de Ali Babá e seus 40 Ladrões. De preferência, ouvindo nomes de novos personagens.

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