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Quarta geração do Classe A chega ao Brasil em novembro

Foto/Divulgação

A quarta geração do Classe A estará entre nós a partir de novembro, quando será uma das atrações da Mercedes-Benz no Salão do Automóvel de São Paulo.

O grande destaque do hatch é o sistema multimídia vanguardista, que conta com recursos como inteligência artificial e realidade aumentada.

Com nova plataforma, o Classe A cresceu e ficou mais confortável. A linha ganhou também novos motores e câmbios.

A primeira versão a chegar ao Brasil será a A250, que teve o 2.0 atualizado. O câmbio é automatizado de sete marchas. O A200 virá no primeiro trimestre de 2019 com novos propulsor e transmissão.

Avaliamos essa opção em rodovias e serras na região de Split, na Croácia. Sob sol escaldante, que provoca um calor incomum na primavera europeia, o motor 1.4 turbo, inédito na linha, mostrou comportamento muito progressivo. Isso é resultado da atuação do controle eletrônico da turbina, que reduz o “turbo lag”.

Com 163 cv (7 cv a mais que o 1.6 que substitui) e torque de 25,5 mkgf a 1.650 rpm, o 1.4 faz o Classe A ganhar velocidade com competência e gradualmente, graças também ao bom torque em baixa rotação.

Assim como o anterior, o novo câmbio também é automatizado de sete marchas e duas embreagens, mas ficou mais leve e traz novos recursos tecnológicos. Segundo informações da fabricante alemã, entre as vantagens está o menor consumo de combustível.

O sistema proporciona bom ímpeto nas acelerações e retomadas de velocidade, o que se traduz em segurança em ultrapassagens, por exemplo.

Entre as novas soluções, o motor tem comando variável que pode fechar as válvulas de apenas dois dos quatro cilindros automaticamente (conforme a demanda). Isso também reduz o consumo de combustível.

O novo Classe A perdeu a brutalidade da geração anterior, que tinha dificuldade de lidar com ruas brasileiras, nas quais sua suspensão sofria demasiadamente. Agora, o carro parece rodar sobre trilhos, isolando totalmente os ocupantes dos efeitos de buracos e pisos ruins.

Em outras palavras, o novo Mercedes prioriza o conforto em detrimento da esportividade. Ainda assim, vai muito bem em curvas e em alta velocidade.

A direção é leve em manobras e ganha a firmeza adequada para lidar com velocidades altas e curvas. O A200 tem suspensão traseira por eixo de torção. A independente está só no A250.

Com nova plataforma, o Classe A ficou maior. São 4,41 metros de comprimento, ante os 4,29 m da geração anterior. Para privilegiar o espaço interno, o entre-eixos também cresceu 3 cm – agora é de 2,73 metros.

Duas pessoas ficam muito bem acomodadas atrás, tanto em relação ao espaço para as pernas quanto para a cabeça. O terceiro, porém, viajará apertado. Além de o carro não ser largo, o túnel central é alto.

O acabamento interno é muito bem feito, com couro de costura aparente nas portas, painéis e bancos (esportivos na versão avaliada). Porém, há instrumentos de aparência muito simples para um carro de luxo, como as alavancas do câmbio (que foi mantida na coluna de direção) e do freio de estacionamento ativado eletricamente.

Um sistema batizado pela Mercedes de MBUX reúne três telas. A do painel de instrumentos (virtual e configurável) e a da central multimídia formam um quadro único, que fica sobre o painel. Há ainda o Head Up Display, que projeta dados do veículo no para-brisa à frente do motorista.

A central multimídia tem tela sensível ao toque, mas também pode ser comandada por botões no volante ou um touchpad no console central. Os destaques são o navegador GPS com realidade aumentada (projeta, por exemplo, vídeo em alta resolução do cruzamento para a próxima conversão) e a inteligência artificial.

Essa tecnologia é utilizada no sistema de comando de voz, que vai aprendendo as preferências do motorista e até mesmo gírias. Há ainda diversos itens de auxílio à direção, como a frenagem ativa e controlador de velocidade adaptativo.

Por meio do leitor de faixas da via e do sensor de ponto cego, o carro pode corrigir a direção no volante e até aplicar leve frenagem. Mas esse sistema poderia ser menos intrusivo.

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