Notibras

Que tal matar a curiosidade e ler autores que são garimpados aos poucos?

Tem gente que adora ler clássicos. Eu confesso: sou uma dessas pessoas. Gosto dos livros que atravessaram o tempo, gosto dos autores que se tornaram eternos, principalmente na poesia. Desde muito pequena, poesia é algo que vibra em mim, como se já fizesse parte do meu DNA. As palavras rimadas, o sentimento traduzido em poucos versos que dizem tanto, tudo isso sempre me fascinou. Ler os clássicos é, pra mim, como conversar com almas antigas. E eu realmente me sinto conversando com os poetas que já não estão neste plano.

Mas nem só de clássicos vive o leitor apaixonado. Eu também gosto muito de ler autores contemporâneos, gente que talvez ainda não tenha o reconhecimento que merece, mas que escreve com uma qualidade impressionante. As poesias de Luzia Couto, publicadas no Café Literário do Notibras, são um verdadeiro deleite. Luzia tem versos fortes, que retumbam na alma, que tocam lá onde mora a emoção. É um talento tão bonito, que eu chego a ter pena de quem ainda não a conhece.

E ela não está sozinha. No Café Literário há outros nomes que me encantam. Daniel Marchi, por exemplo, tem uma poesia que me transporta pra outro tempo, como se suas palavras abrissem janelas para o passado. Já Rodrigo Sorato escreve com tamanha sensibilidade que, às vezes, tenho a impressão de que está falando de mim, das minhas próprias lembranças, dos meus dias comuns. E há ainda Saulo Braga, Edna Domenica, Gilberto Motta, Rafaela Fernanda Lopes, Cris Guedes, Leonardo Assafin e tantos outros, todos talentosos, todos brilhando à sua maneira.

Em síntese, meu conselho é simples: não leiam apenas os autores famosos. Leiam tudo. Leiam o que chega até vocês por acaso, leiam o que alguém escreveu num canto de blog, leiam as vozes que ainda estão se revelando. Há muita gente brilhante escrevendo por aí, e é uma pena deixar passar tanto brilho por falta de curiosidade.

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