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Quem cultiva plantas vive no verdadeiro Jardim do Éden

Sempre gostei de estar em ambientes com plantas. Jardins, para mim, são como pequenos refúgios: basta colocar o pé em um e já sinto que a paz me abraça sem pedir licença. As folhas, o cheiro da terra, o verde que acalma; tudo parece me lembrar que a vida não precisa correr tão depressa.

Dentro de casa, a mágica se repete. Um vaso no canto da sala, uma samambaia na varanda, até um cacto teimoso sobre a mesa já mudam completamente o ambiente. É como se a casa respirasse melhor. Talvez seja por isso que, quando entro em um lugar cheio de plantas, sinto imediatamente que ali existe afeto, cuidado e amor. Afinal, ninguém enche a casa de verde se não tiver também um coração disposto a zelar pela vida que cresce em silêncio.

Admiro quem tem esse dom. Sim, porque cuidar de plantas é um dom. Eu, que me perco entre regas e podas, sei bem disso. Tem gente que conversa com as plantas e parece que elas respondem, felizes. Já eu, quando tento esse diálogo, quase sempre acabo diante de uma folha amarelada que me olha com cara de cobrança.

Ainda assim, insisto. Porque estar perto das plantas é um convite para desacelerar, para sentir o tempo no ritmo da natureza. E, convenhamos, um lar com plantas é sempre mais acolhedor. Como se dissesse, em silêncio: “sinta-se em casa, aqui tem vida, aqui tem amor.”

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