No débito, no crédito, no mérito e no merecimento, qualquer mulher pode escolher ser linda aos 30 anos, charmosa aos 40, maravilhosa aos 50, sedutora aos 60 e irresistível a vida toda. Para isso, basta ser normal, natural e, sobretudo, mulher. Sei que é difícil, mas não tema sair de casa com a roupa amassada, pois a vida passa e a gente nem vê. Lembre-se que toda mulher que só se preocupa com ela mesma tem três vidas: a dela, a que os outros cuidam e a que os outros inventam. Portanto, seja uma daquelas que quando os pés tocam no chão até o Diabo se manifesta: Meu Deus, ela já acordou.
A isso dou o nome de autenticidade. Às vésperas do Dia das Mães, de mulher para mulher, não importa a situação, nunca deixe suas emoções serem maiores do que sua inteligência. Se o boy com quem está se relacionando só gosta de malhadas, indique uma vaca para ele. Se tiver oportunidade, lembre ao bobalhão que há mulheres magras de ruim e outras gordas de boa. Todas nós conhecemos mulheres naturalmente lindas. Aliás, sem margem de erro, são as preferidas dos machos alfa. Algumas não se preocupam com o tempo e, mesmo depois de muitos natais, anos novos e carnavais, a natureza as mantêm belas e sedutoras.
Já no carnê ou por meio de promissórias, os homens são diariamente apresentados àquelas que são maravilhosas no Instagram e instragadas pessoalmente. Nada contra as que precisam se transformar em outras mulheres para se acharem melhores do que as demais. Como não tenho papas na língua, a essas lembro um pensamento da falecida estilista francesa Coco Chanel, para quem a beleza começa no momento em que a mulher decide ser ela mesma. Fora disso é só ter coragem para dizer: Hummmmmm, ficou uma bosta!
Como dizer para as que sentem raiva do que são que as mulheres felizes com o que têm brilham mais? Apenas repito o velho ditado dos sábios: “Por trás de uma grande mulher, sempre haverá outra morrendo de inveja”. Naturais ou rebobinadas, tenhamos calma, pois a vida não é justa. Ela é plissada, rodada, franzida, godê e é curta”. Embora com ressalvas, gosto de todas, mas não há como negar que as originais falam três línguas: português, sarcasmo e verdade. Perdão, mas estou orando para você que se transforma em outra de tanta maquiagem. Que você possa sorrir sem rachar a cara.
Registro que o mundo não é tão ruim como pintam. Ele só está mal frequentado. Dia desses esculhambaram o presidente da República pelo asilo político concedido à ex-primeira-dama peruana, dona fulana de tal. Qual o problema com o Peru? Ela ajudou ou não questionou os malfeitos do marido, acusado de roubar? Nenhuma novidade! Aliás, além das fronteiras majoritariamente formada por rios, hoje a maior semelhança entre Brasil e Peru são as ex-primeiras-damas. Aqui e lá, as duas se acham a última bolacha do pacote.
A diferença entre elas e a atual primeira-dama brasileira é só o achismo. A atual tem certeza. Quer queiram ou não os homens sem brio, as mulheres de hoje se mantêm parceiras, esposas e mães, mas menos dependentes e servis. Sobre a naturalidade feminina, vale mais um registro atribuído a Coco Chanel: Se você acorda sem as unhas e os cílios postiços, sem a peruca loura, sem os peitos e o bumbum de plásticos, sem as bochechas inchadas pelo silicone e não se sente feia, não se preocupe. Você não está doente ou fora de moda. Você só está vivendo o seu jeito de ser mulher.
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Sonja Tavares é Editora de Política de Notibras
