Dia desses me peguei pensando no quanto a vida é feita de recomeços. Nem sempre eles são grandiosos ou marcados por datas especiais. Às vezes, um recomeço é só acordar em uma segunda-feira e decidir que não vou me deixar abater pela correria. Outras vezes, é olhar para um erro cometido e escolher seguir em frente, sem ficar me punindo tanto.
A verdade é que a gente insiste em imaginar a vida como um grande roteiro, cheio de capítulos bem definidos, quando na prática ela se parece mais com um caderno de anotações: rabiscos, frases incompletas, páginas arrancadas, mas também passagens inteiras que valem ser relidas.
Tenho aprendido que não existe idade certa, nem momento perfeito para recomeçar. O que existe é a coragem de se permitir outra chance. É como se o tempo nos desse, todos os dias, a oportunidade de reescrever alguma coisa: um hábito, uma escolha, um caminho. E cada manhã traz consigo esse convite silencioso: “comece de novo, mas comece do seu jeito”
