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Reforma funcional deixa a estética em segundo plano

Queda atingiu inclusive unidades mobiliadas. Foto/Arquivo Notibras

Natália Mazzoni

A obra que transformou por completo este apartamento de 64 m² foi tocada por arquitetos que colocam a funcionalidade acima da estética. Isso quer dizer que o resultado visual é uma consequência de escolhas feitas durante a reforma para preservar materiais já existentes no imóvel, ou criar soluções que funcionem para o dia a dia do morador.

O arquiteto Thiago Rodrigues, do Superlimão, escritório que assina o projeto, explica que essa maneira de pensar é muitas vezes desafiadora, mas o resultado costuma compensar. “As soluções com certeza vêm antes de qualquer coisa. E aí, assumindo materiais e estruturas a gente chega a uma linguagem visual que se aproxima muitas vezes do industrial, mas em nenhum momento teve a pretensão de se encaixar nesse ou em outro estilo”, diz Rodrigues.

No caso deste apartamento reformulado para se adaptar melhor aos hábitos de um único morador, jovem, a obra começou derrubando todas as paredes de alvenaria que não eram estruturais. Isso fez com que os ambientes parecessem maiores, e eliminou estruturas, nesse caso, desnecessárias. “Como o cliente mora sozinho, não era preciso ter parede entre o quarto e a sala de estar, por exemplo. A separação agora é feita por uma chapa metálica vazada”, explica o arquiteto.

Na cozinha, a parede também foi eliminada, o que trouxe uma linguagem bem mais moderna ao living. “Usamos tinta de poliuretano cinza no piso, o mesmo tipo aplicado no banheiro da suíte, amarelo”, comenta. A solução de pintar as paredes do banheiro do único quarto do apartamento veio porque os arquitetos gostariam de ter uma superfície única, sem a interferência de rejuntes ou qualquer tipo de emenda. O resultado inusitado é como um ponto de luz que contrasta com as cores sóbrias da área de dormir.

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