Notibras

Repito, se o Eduardo Martínez pode, eu também posso

Pintas teu corpo para a guerra do amor.

Não a maquiagem que realça teus lábios

E teus olhos, não as cores tribais,

Mas os rubores de excitação,

Que meus lábios e minha língua fazem

Aflorar em tua pele macia.

Meus dedos percorrem teu corpo,

Exigentes, invasores, e aos poucos te abres

E retribuis, buscando-me, tocando-me,

Levando-me à loucura. E murmuras

Doces obscenidades em meus ouvidos.

Faço o mesmo, índia.

Olho teu rosto transformado pelo desejo,

Os lábios úmidos, as veias trêmulas

Sob a pele, e os beijo, e as beijo.

E assim nos entregamos a uma guerra só nossa

Da qual serás a grande vencedora.

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