Pintas teu corpo para a guerra do amor.
Não a maquiagem que realça teus lábios
E teus olhos, não as cores tribais,
Mas os rubores de excitação,
Que meus lábios e minha língua fazem
Aflorar em tua pele macia.
Meus dedos percorrem teu corpo,
Exigentes, invasores, e aos poucos te abres
E retribuis, buscando-me, tocando-me,
Levando-me à loucura. E murmuras
Doces obscenidades em meus ouvidos.
Faço o mesmo, índia.
Olho teu rosto transformado pelo desejo,
Os lábios úmidos, as veias trêmulas
Sob a pele, e os beijo, e as beijo.
E assim nos entregamos a uma guerra só nossa
Da qual serás a grande vencedora.
