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Roma massacra Barça, vence por 3 a 0 e vai às semis

Foto: Lluis Gene

A Roma protagonizou a grande surpresa das quartas de final da Liga dos Campeões ao derrotar o Barcelona por 3 a 0, nesta terça-feira no Estádio Olímpico da capital italiana, revertendo a goleada sofrida por 4 a 1 no jogo de ida e ficando com a vaga nas semifinais.

Diante de um Barcelona irreconhecível e que praticamente não criou chances de gol, os romanos, empurrados por sua fanática torcida, pressionaram incessantemente e foram recompensados com os gols do bósnio Edin Dzeko (6 minutos), Daniele De Rossi (58) e do grego Kostas Manolas (82).

Para se ter noção do feito alcançado pelos comandados do técnico Eusebio Di Francesco, a Roma se classificou para as semifinais da Liga dos Campeões pela segunda vez em sua história, após alcançar esta fase em 1984, ano em que foi derrotada na final pelo Liverpool.

Do lado catalão, trata-se da primeira vez em seus 118 anos que o Barcelona deixou escapar uma classificação numa competição europeia tendo aberto três gols de vantagem no jogo de ida.

Caldeirão romano – Precisando reverter a dura derrota sofrida no Camp Nou, a Roma entrou em campo decidida a ir pra cima do Barcelona, aplicando uma forte marcação alta na saída de bola catalã.

E a estratégia do técnico Eusebio Di Francesco conseguiu um feito raro e louvável: acuar o Barcelona. Messi e companhia sofreram para se desvincilhar da forte marcação italiana e armar contra-ataques. Com isso, o Barcelona só foi capaz de ameaçar o gol de Alisson em bolas paradas.

Do outro lado, a correria da Roma criou grandes dificuldades para o Barça e foi recompensada logo aos 6 minutos de jogo com o gol de Dzeko.

No lance, o atacante bósnio recebeu lançamento primoroso de De Rossi, ganhou da marcação de Umtiti e Piqué e tirou de Ter Stegen, abrindo o placar.

O gol no início do jogo fez o impossível parecer alcançável para a Roma. Os comandados de Di Francesco tinham mais de 85 minutos para anotar outros dois gols e ficar com a vaga nas semifinais. E todos pareciam acreditar que era possível.

O novo cenário incendiou o Estádio Olímpico de Roma e a fanática torcida da capital não deixou seu time diminuir o ritmo.

Com isso, as chances da Roma de ampliar o placar foram se multiplicando. Schick (29 minutos) e Dzeko (36) apareceram livres na área do Barça para cabecear, mas o tcheco mandou para fora e o bósnio viu sua finalização ser defendida por Ter Stegen.

Classificação heroica – Quem achou que a Roma acusaria o cansaço do esforço realizado no primeiro tempo se enganou. O time da capital manteve a pressão, não deixou o Barcelona respirar e chegou ao segundo gol aos 12 minutos.

Dzeko, que infernizou a zaga do Barcelona atuando como pivô, invadiu a área e só foi parado por Piqué com um golpe de judô. Pênalti claro que o árbitro assinalou. Na cobrança, o capitão De Rossi chamou a responsabilidade e converteu.

Com 2 a 0, o sentimento de que um momento histórico estava prestes a acontecer no Estádio Olímpico era palpável para os romanos.

Para ajudar a causa italiana, o Barcelona, que teve atuação irreconhecível, incapaz de trocar passes com a habitual categoria, acabou ajudando os romanos ao preferir tentar segurar a vantagem do que partir para o ataque em busca de um gol que lhe desse tranquilidade.

Valverde, com Paulinho e Dembélé no banco, optou por tirar Iniesta e colocar André Gomes, fortalecendo a marcação, mas acabando com qualquer resquício de criatividade no meio de campo. E os deuses do futebol o puniram.

Após Ter Stegen aparecer para salvar o Barça uma primeira vez em chute à queima-roupa de El Shaarawy, o goleiro alemão não conseguiu evitar o gol de cabeça de Manolas, que se adiantou à marcação em cobrança de escanteio e escorou de cabeça para o fundo do gol.

Com a eliminação se aproximando, o Barça se lançou de maneira desorganizada ao ataque em busca de um gol salvador, mas nem Messi foi capaz de ressuscitar o time catalão, com Alisson defendendo os dois chutes do argentino nos minutos finais.

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