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Romper tradições é como podar os galhos para a árvore crescer mais forte

Às vezes, é preciso romper com aquilo que sempre foi.

Mesmo quando vem de longe, mesmo quando é tradição de família.

Eu aprendi isso com o tempo e com alguma dor também. Porque abandonar hábitos antigos, mesmo os que nos fazem mal, pode parecer uma espécie de traição. Como se a gente estivesse rejeitando parte da nossa história, parte das pessoas que vieram antes de nós. Mas não é. É só um jeito de cuidar da gente.

Na minha família, por exemplo, temos mulheres muito fortes e sempre foi comum engolir o choro. Mostrar força a qualquer custo. Ser firme, aguentar tudo. Por muitos anos, achei que era assim mesmo que se vivia e que eu também deveria ser assim.

Até que comecei a adoecer em silêncio.

Foi aí que percebi: algumas tradições não são heranças, são correntes. E que ser leal à minha saúde, à minha paz e ao meu jeito de ser é, sim, uma forma de honrar os que vieram antes, mas fazendo diferente, quando necessário.

Romper padrões não é desrespeito. É coragem.

É como aparar um galho pra árvore crescer mais forte.

Abandonar hábitos que nos ferem, mesmo os antigos, mesmo os familiares, é um ato de amor. Amor próprio e também amor pelos que virão depois. Porque alguém precisa mudar a rota. E eu escolhi ser essa pessoa.

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