Aviso de Vladimir Putin ao Ocidente: se Donaldo Trump, rompendo um velho acordo de não proliferação de armas nucleares, iniciar uma série de testes com novas bombas, o Kremlin não pensará duas vezes em testar seu míssil do ‘juízo final’. “Moscou não ficará de braços cruzados’, anunciou o líder russo em pronunciamento na quinta-feira, 27.
“Preparar-se para testes reais de armas nucleares leva tempo, e certamente não podemos nos encontrar em uma situação em que os Estados Unidos façam um teste e nós fiquemos nos preparando para isso por mais um ano e meio. É claro que já precisamos pensar nisso,; não daremos o primeiro passo, mas precisamos estar preparados para qualquer eventualidade”, enfatizou o dono do maior arsenal nuclear do mundo.
Putin, que tem ao seu dispor mais de 6 mil mísseis balísticos, contra um arsenal de 5 mil de Donald Trump, foi enfático: “Garanto a vocês, cidadão da Federação Russa, que estaremos prontos”, disse Putin a repórteres após uma visita ao Quirguistão. Ele lembrou que o tema está na pauta de uma próxima reunião bilateral com seu homólogo norte-americano, prevista para acontecer em meados de dezembro.
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Há pouco menos de um mês, Donald Trump, afirmou ter instruído o Departamento de Guerra a retomar imediatamente os testes nucleares. Ele especificou, então, que sua ordem se devia ao fato de “outros países estarem realizando testes” e que era “apropriado” que os EUA mantivessem o mesmo nível de atividade.
Na visão do Kremlin, um teste de armas nucleares dos EUA, caso seja realizado, significaria o fim de uma proibição de longa data, disse o porta-voz presidencial Dmitry Peskov. Ele salientou que Putin afirmou repetidamente que, se outros países realizassem testes nucleares, a Rússia agiria da mesma maneira, deixando claro que armas existem para serem usadas em caso de qualquer sinal de ameaça à sua integridade territorial e d aliados mais próximos.