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São Pedro, o pescador de homens, uniu Igreja e faz até chover

Com a comemoração do dia de São Pedro em 29 de junho, dando sequência às festas de Santo Antônio e São João, com direito a fogueiras, comida e bebida fartas, é encerrado o ciclo junino. A data é celebrada junto com o apóstolo Paulo de Tarso, o São Paulo, pois são os dois pilares apostólicos da Igreja católica. Segundo o Evangelho, Simão bar Jonas, o São Pedro, era um pescador da Galileia, quando Jesus o convidou para se tornar “pescador de homens” (Mt 4, 19). Ao lado do irmão André, Pedro foi um dos primeiros discípulos de Jesus. Ambos faziam parte do grupo dos 12 apóstolos, junto de outros pescadores, como Tiago e João. Com o tempo, outros oito homens foram chamados para completar o grupo dos 12.

Ao seguir o Mestre de Nazaré, juntamente com os onze discípulos mais próximos, em um dado momento, diante de uma profissão de fé e confiança no Nazareno, que havia perguntado aos doze quem eles achavam que ele era, o pescador galileu respondeu: “Tu és o Messias, o filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Jesus então diz a Simão: “você é Pedro, e sobre essa pedra construirei minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la”. A Basílica de São Pedro, localizada no Vaticano, foi construída sobre a tumba do apóstolo Pedro, tornando-se um dos principais locais de peregrinação para os católicos.

E o senhor prosseguiu dizendo: “Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu, e o que você ligar na Terra será ligado no Céu, e o que você desligar na Terra será desligado no Céu.” (Mt 16, 18-19). Daí a tradição cristã de associar São Pedro com a porta do Céu. Assim, Simão – aquele que ouve –, ao ter sido renomeado como Pedro – pedra, rocha –, passa a ter um papel altivo, de modo especial, quando Jesus partiu para o Reino do Céu.

Mais que um simples pescador, Pedro passou a exercer uma liderança natural no grupo em que estava inserido. Tradicionalmente, o apóstolo Pedro é representado trazendo em sua mão direita as chaves do Reino de Deus, enquanto na esquerda traz a cruz, símbolo de seu martírio. São Pedro foi preso e condenado à morte por crucificação em Roma (64 d.C.), durante o reinado de Nero, o incendiário. Após botar fogo em Roma, Nero iniciou a perseguição aos cristãos culpando-os pelo incêndio. Preso e sentenciado, Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, pois não se considerava digno de morrer da mesma forma que Jesus Cristo.

Os símbolos de São Pedro são a cruz invertida, as chaves, a rede, as sandálias do pescador e o anel. A cruz é sinal de encruzilhada, aquela que divide tudo em quatro pontos cardeais. A haste vertical é o masculino e a horizontal, o feminino. Os dois eixos simbolizam os equinócios e solstícios. Redes de pesca simbolizam algo ou alguém enlaçado, coletado, apanhado e conectado com Deus. A carne dos peixes é considerada mais pura e saudável que carne bovina ou de aves. Na Semana Santa enquanto o consumo de pescados é incentivado, a carne de mamíferos e aves é condenada. Mas, a depender dos preços de um ou de outro as autoridades religiosas fazem vista grossa para o consumo de carnes.

As posses das chaves tanto da Terra como do Céu, tornaram Pedro o porteiro celestial. As sandálias eram o calçado típico usado na Palestina, inclusive pelos pescadores, embora os pobres andassem descalços. Os papas, quando eleitos, recebem o Anel do Pescador, em ouro, contendo a imagem de São Pedro pescando. Após a morte do papa, a joia é destruída, evitando que seja usada por outros ou falsificada.

A São Pedro é atribuído o poder de trazer chuvas, mas a sua importância não se resume a isso. Pedro foi designado o primeiro papa, unificando a Igreja e iniciando a sequência sucessória de sumos-pontífices, culminando com o papa Leão 14, o atual pontífice, de número 267. Há quem diga que Leão 14 é o último papa, coincidência ou não, na numerologia pitagórica o número 267 é reduzido a 15, o número que representa a Paixão nas cartas do Tarot, fatidicamente associada à ruína, à destruição. Pelo sim pelo não os acontecimentos bélicos ocorridos neste mês de junho envolvendo a Terra Santa causam alguma apreensão.

Coincidência ou não, no dia 28 de junho é celebrado o nascimento do Mago Geraldo Seabra, fundador do Colégio dos Magos de Brasília. Por nos ter acolhido em sua rede de pesca somos profundamente agradecidos, ao fazermos parte da Egrégora Colégio dos Magos e Sacerdotisas e seguir semeando os seus ensinamentos esotéricos. Assim é!

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Hussein Sabra el-Awar – Membro Conselheiro do Colégio dos Magos e Sacerdotisas – @colegiodosmagosesacerdotisas

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Os estudiosos das Ciências Ocultas que querem aperfeiçoar os seus conhecimentos herméticos, o Colégio dos Magos e Sacerdotisas está convocando novos membros para ingresso na Irmandade. Outras informações entrar em contato direto com o @colegiodosmagosesacerdortisas, através da Bio, Direct, ou pelo Whatsapp: 81 997302139.

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