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Saúde tira máscara de Gutemberg, do Sindmédico. Na tradução livre, é hipócrita

Marta Nobre

Dono de uma bata rasgada, manchada com o sangue do sofrimento alheio. É assim que a Secretaria de Saúde está definindo Gutemberg Fialho, presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, segundo interpretação de especialistas ao lerem comunicado emitido nesta terça-feira, 29, pelo gabinete do secretário Fábio Gondim.

Na nota divulgada à imprensa, a secretaria acusa o dirigente classista de alimentar boatos na tentativa de desestabilizar o sistema.  A política do caos preconizada pelo SindMédico, segundo a secretaria, em nada ajuda para minimizar os problemas do setor.

Na avaliação da assessoria de Gondim, o médico Gutemberg Fialho, que prega boicote aos serviços públicos prestados na área da saúde, não respeita a vida humana e não merece, consequentemente, nenhuma credibilidade.

Gutemberg Fialho aventurou-se na política partidária em 2014, candidatando-se a uma das cadeiras da Câmara Legislativa pelo PSB, legenda do governador Rodrigo Rollemberg. Embora tenha recebido uma expressiva votação, não logrou êxito, por conta do quociente eleitoral.

Lembrado para ocupar a Secretaria de Saúde, não viu seu sonho ser realizado. Desde então, passou a atacar o Palácio do Buriti e o próprio governador. O texto da Secretaria de Saúde, estranhamente, não foi reproduzido no site da Agência Brasília, que costuma aproveitar todos os comunicados oficiais de secrtetarias, autarquias, órgãos e empresas do governo.

Leia o comunicado

Ao contrário do que vem apregoando o presidente do Sindicato dos Médicos do DF, não há, por parte desta gestão, nenhuma intenção de transferir aos profissionais de saúde as deficiências da rede pública.

O governo vem trabalhando arduamente para reestruturar a Secretaria de Saúde e, por conseguinte, oferecer melhores condições de trabalho aos servidores e um atendimento digno à população. Não é preciso lembrar o caos herdado na Saúde. Em janeiro, dos 750 medicamentos que deveriam estar disponíveis na rede pública, 485 estavam em falta. Hoje, esse número caiu para 65, todos eles com processo de compra em andamento.

A dívida com fornecedores chegava à ordem de R$ 600 milhões. Os salários dos profissionais estavam atrasados, inclusive horas extras e décimo-terceiro.
O governo cumpriu o que prometeu: os salários estão em dia, assim como o pagamento do décimo-terceiro. As horas extras também estão sendo pagas. A dívida com os fornecedores foi oficialmente reconhecida e está sendo quitada.

Enquanto o governo trabalha, o Presidente do SindMédico se dedica a espalhar boatos, para acirrar os ânimos dos profissionais de saúde, plantando notícias de caos na rede pública do DF. Um deles é a falta geral de medicamentos nas unidades de saúde, quando, na verdade, estamos com 93% de abastecimento e trabalhando para chegar aos 100%.

O sindicato também não se cansa de insistir na tecla do deficit de servidores. Mas não fala, que apesar das limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o GDF nomeou, este ano, 1.119 novos servidores. Só nessa semana, 63 pediatras foram nomeados e outras centenas de servidores serão nomeados em janeiro, realidade que muitos Estados estão longe de alcançar. Além disso, o governo tem permitido a realização de horas extras para suprir eventual falta de profissionais. São R$ 15 mi por mês só com horas extras.

A política de caos adotada pelo Sr. Gutemberg Fialho não contribui em nada para melhorar a assistência a quem realmente precisa. Pelo contrário, se utiliza do sindicato para tentar viabilizar seus objetivos pessoais, ainda que, para isso, coloque em risco a vida de milhares de pacientes, coisa com a qual nossos profissionais, sérios, jamais compactuarão.

Um médico sindicalista, que conclama profissionais a boicotarem o governo e travar a máquina pública, se referindo a hospitais, não tem respeito pela vida humana e, por isso, não pode ter a menor credibilidade. Este governo não se curva a chantagens e não admitirá que a Saúde sirva de trampolim para interesses pessoais.

Secretaria de Saúde

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