Notibras

Se baterem em mamãe, o bicho vai pegar

Meu velho amigo Bira,
É um paraibano ignorante e horripilante.
Criado pela dura CERVIZ da mãe,
Não conheceu o amor paterno.
E assim foi indo, e assim vem vindo…
Ora, não ter tido um bravo pai presente,
Pro Bira, era a causa de toda a sua rebeldia,
Literalmente o pai de todos os seus males.
Isto é, de sua vida dissoluta,
Maluca e colorida.
Porém uma coisa não admitia,
Baterem na mãe, sua grande rainha.
Pois um bicheiro que devia pra esta,
Sim, a mesma era dona de um sujo bar.
Não quis acertar a sua continha,
e ainda por cima deu capacetadas
na pobre e indefesa mamãezinha…
Dito e feito, Biva simplesmente decidiu,
´´Irei matar aquele desgraçado´´.
E desta feita colocou o seu maquiavélico
Plano em prática.
Assim, olhou no face do malandro,
E descobriu o bar que frequentava.
Foi até este calculista, bebeu com
Frieza duas cervejas com o seu algoz.
Depois saiu, se mascarou, e simplesmente o
Assassinou!
E dizia tranquilo: ´´eu vi o sangue
Jorrando pelo chão,
Nem sonho eu tenho,
Não existe mais,
E nem ao menos me arrependo;
Pois em mãe não se bate!´´.
Esse era o pensamento do Sergipano.
Eis aí o Biva BEAT box!
Ah, outro grande talento que tinha,
Além de viver na jogatina,
Ou nas mesas de sinuca,
Ou na casa de suas várias amantes e
Prostitutas.
Oh, salve para o Bira, o garanhão
Bombado das empregadas…
Autor do pornográfico funk:
´´Vem, vem crentinha;
Do rabo quente´´.
SEM MAIS!!
……………………….
Daniel D’avila, natural de Curitiba, é professor, psicólogo e poeta. Titular de uma coluna sobre literatura no jornal “O Maringá”, é autor dos livros “Canteiro de Obras”, “Vate!” e “Desideratum”. 
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