A vida é bela, isso é indiscutível. Por mais percalços que tenhamos que enfrentar em nossa caminhada, se pararmos um segundo que seja para apreciar a Natureza à nossa volta, não há como não ficar maravilhadas com tudo que o Criador deixou ao nosso dispor…
Somos perfeitas em tudo, nos mínimos detalhes… até mesmo em nossas imperfeições há a mão do Supremo, como a nos mostrar que tudo aquilo que está abaixo do Céu é sua obra, e não há como contestar. Claro, há aqueles que tentam canalizar as Obras Divinas para si, numa tentativa de dizer que não há como se comunicar com o Altíssimo senão através deles…
Sim, durante nossa caminhada por esse plano encontraremos muitos falsos profetas, a espalhar supostas “boas novas” que o Pai Eterno passou-lhes, dando a estes a incumbência de explicar aos pobres mortais quais os desígnios que Ele determinou para todos…
Muitos Livros Sagrados foram escritos durante a História da Humanidade. Todos eles verídicos, à medida em que seus escritores foram “inspirados por uma Força Maior”, conforme seus relatos para seus possíveis seguidores. Que, dependendo da maestria do orador, deixam o “status” de possíveis para efetivamente começar a segui-lo… pois ele foi ungido por Aquele que não pode ser contestado…
De qualquer forma, a grosso modo, a maioria dos Livros Sagrados, salvo licença poética de seu redator, costumam narrar histórias semelhantes… “se quiser, copia, mas faça diferente”…
O problema não é tanto a forma que as histórias são contadas. Mas sim que tudo aquilo que nos é passado é a visão de quem escreveu. Os Livros Sagrados são, de certa forma, um documento histórico fabuloso pois, mesmo narrando normas de conduta para se alcançar a vida do outro lado, nos permitem visualizar a rotina de nossos antepassados a milhares de anos…
Através dessas histórias aprendemos como as pessoas se comportavam, qual sua linha de pensamento, até mesmo sua rotina diária de trabalho… pois é um relato minucioso, onde cada pormenor deve ser considerado, uma vez que o panorama geral tem que ser respeitado, sob risco de tudo o que se descreve ficar sem sentido…
Claro que há a preocupação de modernizar alguns relatos, mas não se pode exagerar… a credibilidade do que se narra é perdida, quando se tenta fazer uma adaptação forçada daquilo que se está contando…
Logicamente se afirmarmos a um crente de alguma corrente teológica… estou falando dos fiéis, e não daqueles que os dirigem… bem, se afirmarmos a uma pessoa alguma coisa sobre sua religião que não se enquadre nos dogmas que esta aprendeu, na melhor das hipóteses tentará nos explicar, com detalhes, a sua verdade. Na pior, poderá até mesmo partir para a agressão física, nos chamando de hereges…
As religiões… todas elas, sem exceção… são uma ferramenta excepcional para controle social. Pois quando uma pessoa se sujeita a seguir as regras de determinado credo, se compromete a cumprir todas as instruções recebidas, sem questionar. Claro que alguns seguem, pero no mucho… mas a maioria obedece as normas corretamente. E esse é um freio sem precedentes para que a pessoa não cometa atos que sejam contra a linha de pensamento da corrente abraçada…
Deixo bem claro que acredito em um Criador Supremo, responsável por tudo aquilo que nossos olhos alcançam… e até por aquilo que não podemos ver… o que realmente não me convence são os vários Livros Sagrados, espalhados por esse mundo afora. Mesmo tendo alguns pontos em comum… e mesmo sendo um Livro que impõe certas regras sociais, sem as quais provavelmente estaríamos vivendo em um mundo ainda mais caótico do que este no qual estamos inseridos… esses Livros acabam por dar a alguns espertalhões a possibilidade de viver à custa de pessoas que acabam por dar a eles “status de mensageiro do Supremo” e, como tais, não podem ser contestados…
Sim, as mensagens contidas nesses Livros acabam sendo distorcidas, para que possam se enquadrar naquilo que seu pregador acredite ser a verdade… mas a verdade tem muitas facetas e, mesmo que em seu íntimo ele realmente acredite no que prega, é a sua verdade, e não a do Livro que está espalhando…
Não precisamos de intermediários para acreditar no Altíssimo. Basta abrir os olhos e admirar o mundo à nossa volta… então perceberemos que seu Espírito Benevolente está presente ao nosso lado a todo momento de nossa vida. E que, realmente, não precisamos de lugares específicos para orar e agradecer tudo aquilo que Ele nos concede…
Que sigamos sua orientação máxima… “Amai o próximo como a si mesmo…” se seguirmos este mandamento simples as intrigas, as brigas, a guerra… tudo isso ficará perdido nas Brumas do Tempo… pois estaremos vivenciando o Amor, sentimento mais belo que nos foi deixado, mas que simplesmente o ignoramos, pois estamos sempre a correr atrás de quimeras que tentam nos desviar do caminho rumo ao Nosso Pai…
Se amarmos o próximo como amamos a nós mesmo, com certeza estaremos em paz com a vida, com o mundo. Pois só o Amor constrói, como já dizia o poeta…
