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Seleção só falta marcar gol, mas como não chuta a gol, fica difícil vencer uma

Ontem fiquei acordada até mais tarde só pra assistir à partida entre Equador e Brasil. Enfim, a estreia de Ancelotti à frente da seleção brasileira. A expectativa era alta. Eu, otimista como sempre, já tinha até me animado com a informação de que a seleção jogaria de azul — a mesma cor do manto de Nossa Senhora. Pros torcedores que têm fé, era um sinal claro de bênçãos e, talvez, até de gols.

Enquanto tocava o hino nacional, com os jogadores cantando animados, me peguei pensando: será que Ancelotti vai aprender a cantar o hino também? Já pensou? A torcida brasileira iria ao delírio se ele soltasse um “verás que um filho teu não foge à luta” com sotaque italiano. Era a aclamação popular garantida.

Mas, infelizmente, toda minha empolgação parou por aí. O jogo terminou num empate sem gols e, pior ainda, foi xoxo, capenga, manco, anêmico, frágil e inconsistente. Daqueles que fazem a gente pensar que, talvez, tivesse sido melhor ter ido dormir cedo mesmo.

Terminei a noite do mesmo jeito que o jogo: sem grandes emoções, só com aquela sensação de “é, poderia ter sido melhor…”.

Mas, isso aqui não é uma crítica ao treinador, não. Pra uma estreia, tá bom demais. Pelo menos ninguém se machucou, ninguém foi expulso, e ele já sabe que aqui o povo espera futebol arte — ou pelo menos um chute a gol de vez em quando.

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