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Será carro, foguete ou avião com motor 6.6?

São apenas 24 unidades. Cada uma delas sai por US$ 2,1 milhões (cerca de R$ 10,7 milhões na conversão direta, sem impostos). Assim como o preço, a potência do Hennessey Venom F5 assusta, afinal, o motorzão 6.6 V8 biturbo gera 1.842 cv a 8.000 rpm. Tais números, segundo a marca norte-americana, são responsáveis por levar o novo hiperesportivo aos 100 km/h em 2,6 segundos.

Em desenvolvimento desde 2017, o hipercarro, a princípio, vinha sendo mostrado aos poucos. De lá para cá, em síntese, algumas mudanças foram feitas face ao protótipo apresentado. Assim como nos McLaren, o modelo que acaba de ser revelado exibe quatro ponteiras na traseira e um grande difusor. Na dianteira (curta e baixa), destaque para as linhas arredondadas e faróis verticais iluminados por LEDs. Atrás, enfim, o cofre do motor fica exposto por um vidro, dando um charme todo especial.

No habitáculo, couro e fibra de carbono por todos os lados. Tem central multimídia com tela de 9 polegadas e painel de instrumentos digital (7″). O volante multifuncional, todavia, é ao estilo Fórmula 1, com vários botões e paddle shift para a troca de marchas. O câmbio, aliás, é automático de sete posições. O acesso ao interior, inclusive, é feito pelas portas que se abrem para cima. Os bancos, portanto, são esportivos e têm cintos de quatro pontos.

Também responsáveis por tamanho desempenho estão a carroceria toda de fibra de carbono. No total, o modelo pesa apenas 1.360 kg – apenas 30 kg a mais do que uma Ferrari F8 Tributo. A relação peso/potência é de 0,76 kg/cv. O torque máximo, inclusive, é de 164,3 mkgf. Número disponível por volta dos 5.500 giros. Para comparação, um Porsche 911 – que já é considerado um canhão – tem motor de 385 cv e 46 quilos de torque.

Tais credenciais farão com que a Hennessey leve o Venom F5 para teste na pista da NASA em 2021. No Kennedy Space Center (Flórida, EUA), a ideia é chegar, oficialmente, aos 512 km/h. Caso o resultado seja cravado, o novato terá, enfim, o título de carro de rua mais veloz do planeta.

Para quem não se lembra, o SSC Tuatara não teve seus 508 km/h reconhecidos pelo Guiness World Records. Dentre os motivos, o teste deve ser testemunhado por um fiscal do órgão, o que não aconteceu.

Para tamanha potência, um pacote de itens bem pensado. A engenharia da empresa apostou, dessa forma, em soluções como bloco de ferro fundido, cabeçotes de alumínio e válvulas de admissão de titânio. A marca afirma que bielas e pistões são forjados. Informações apontam, inclusive, que a sétima marcha recebeu uma relação extremamente longa. Há, também, uma nova estrutura monocoque de fibra de carbono, que pesa apenas 86 kg.

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