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Será que as lembranças são nossas maiores inimigas?

As lembranças têm um poder silencioso. Elas nos carregam para momentos de alegria intensa ou dor profunda, trazendo sorrisos e lágrimas sem aviso prévio. Freud já apontava que memórias reprimidas moldam nosso comportamento inconsciente, influenciando decisões, emoções e relacionamentos.

Mas são mesmo nossas inimigas? Nem sempre. Lembranças são alertas e professores: ensinam limites, revelam desejos e evidenciam aprendizados. O problema surge quando ficamos presos a elas, transformando memórias em cárceres emocionais. Quando lembramos apenas da dor ou do erro, nos sabotamos. Quando lembramos com consciência, aprendemos e seguimos.

Assim como a literatura nos mostra em livros de Clarice Lispector, por exemplo, o passado é inevitável, mas nossa relação com ele é escolha. Podemos revisitar memórias, ressignificá-las e transformá-las em força. As lembranças não são inimigas; são instrumentos. É o uso que fazemos delas que determina se nos fortalecem ou nos paralisam.

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