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Análise detalhada separa transtornos de doenças físicas

Foto/Reprodução Google

Mariana Alves, Edição

Cerca de 90% das pessoas que sofrem do transtorno de pânico acreditam que têm uma doença física. E a partir dessa ideia, começa o que pode ser chamado de “shopping de especialista”: uma busca interminável de opiniões de especialistas atrás de especialistas, procurando uma doença que, na verdade, não existe. O alerta é do médico psiquiatra Cyro Masci, autor do e-book gratuito “Síndrome do Pânico: Psiquiatria com Abordagem Integrativa.

Ele adverte ainda que muitos pacientes atrasam o início do tratamento em busca de alguma doença que justifique os sintomas, é comum ficar procurando na internet explicações para pequenos sinais e sintomas.

“A internet é fantástica para fornecer informações, mas são informações tão genéricas que qualquer pessoa pode se identificar com o que está lendo e achar que tem um problema que, na verdade, não existe”, avisa.

O primeiro passo, portanto, para quem sofre da de “pânico” é buscar um médico para esclarecer o diagnóstico. Todo médico é habilitado para tratar de todas as doenças, e assim, a princípio, qualquer médico que se sinta em condições de fazer o diagnóstico e instituir o tratamento pode atuar. “Mas o ideal é que o tratamento seja realizado por um médico psiquiatra, que é o especialista em transtornos emocionais.”

“O psiquiatra pode descartar as causas principais de desencadeamento ou de favorecimento da síndrome do pânico. Não apenas vai conduzir ou orientar a investigação de doenças que possam estar criando uma eventual crise de pânico, como também vai investigar de maneira positiva e ativa os sintomas do problema”, explica Cyro Masci.

A primeira parte do diagnóstico, segundo ele, é descartar algumas doenças que podem provocar crises de pânico eventuais. Existem doenças hormonais, problemas no metabolismo da glicose, como a hipoglicemia, no coração, no pulmão, além do uso de substâncias químicas, que podem desencadear ou favorecer o aparecimento da síndrome do pânico.

“Essas doenças não são de investigação complicada e, uma vez descartadas, é preciso parar com a busca incessante de explicações para doenças e começar um tratamento efetivo para a síndrome do pânico. É hora de compreender que existe um transtorno psiquiátrico que deve receber tratamento adequado.”

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