Recentemente, minha amiga Cris e seu esposo Eric, me convidaram para um jantar na casa deles. Eles são dessas pessoas raras, que mesmo morando longe, fazem questão de encurtar distâncias com afeto. Me receberam com tanto carinho que eu, confesso, fiquei ali pensando: como eu queria dominar essa habilidade… a arte de receber alguém.
Porque receber não é só abrir a porta e dizer “entra”. Receber dá trabalho antes, durante e depois. É pensar no que vai servir, arrumar a casa, escolher uma música, criar um clima. É estar atento aos detalhes enquanto cuida para que o outro se sinta à vontade. E, no dia seguinte, ainda encarar a pilha de louça e o cansaço com um sorriso no rosto, porque valeu a pena.
Muita gente tem dinheiro, tem espaço, tem todos os recursos… mas não sabe receber. Porque receber não é sobre a mesa bonita ou o prato sofisticado. É sobre entregar tempo, amor e atenção. É sobre fazer o outro sentir que é bem-vindo, que é importante, que aquele momento foi preparado especialmente para ele.
Cris e Eric têm essa habilidade. E isso não se compra, não se aprende em curso, não se imita. Só recebe de verdade quem tem amor. E isso os meus amigos têm de sobra.
