Teu olhar tocou minha pele como brisa encantada,
e cada arrepio foi um verso gravado em silêncio.
Senti meu corpo se render à dança da tua presença,
como quem se curva diante de um eclipse de paixão.
Teus braços me envolveram como maré serena,
e ali, entre batidas de corações entrelaçados,
nossos corpos falavam em linguagem de fogo,
onde o desejo era chama e o toque, poesia.
Corria em nós um oceano em tempestade,
e de nossos poros brotava o calor da entrega,
feito lava que não destrói, mas revela
a essência ardente do amor sem medida.
Minhas mãos navegaram tua pele de cetim,
e mergulhei fundo no abismo dos meus pensamentos,
onde cada onda era feita do amor que pulsa por ti,
e cada suspiro, um canto de saudade antecipada.
Ao te ver se aproximar com olhos de luar,
percebi o clamor do teu desejo contido,
e como quem ouve o chamado da noite,
me entreguei ao teu universo sob a luz prateada.
Ali, entre sombras e estrelas,
fomos dois corpos em constelação,
dois espíritos em combustão serena, dois poemas na mesma página,
vivendo o amor como quem toca o infinito.
