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Sol Nascente, triste favela da capital, continua ao Deus dará

No começo deste ano, a população do Setor Habitacional Sol Nascente foi às ruas para pedir melhorias na cidade e lutar pelo acesso a serviços essenciais, mas até agora quase nada mudou. Ali, informa o JBr, a precariedade e a falta de infraestrutura continuam fazendo parte da realidade dos habitantes da região.

Ao entrar na avenida principal é possível ver várias pilhas de lixo acumuladas. A água, que não tem para onde escoar, percorre entre os buracos do asfaltos e desce ao longo da via. A terra e o barro disputam lugar entre as falhas dos meios-fios e as calçadas, que na maioria das vezes estão danificadas.

Para o vendedor Joylson Barreto, 27, os problemas do Sol Nascente são críticos. “Saneamento básico, aqui não tem. Não tem coleta de lixo também, a sujeira está espalhada. O policiamento aqui está pior. Desde a manifestação, aqui só piorou. Está muito abandonado”, desabafa.

O porteiro Adenilson Santos, 42 anos, tem ponto de vista semelhante. “A bagunça aqui é generalizada. Tem lixo por todos os lados. Quando chove inunda todas as ruas. Nós sofremos muito. Além disso, eu saio para o trabalho todos os dias às 5h e não vejo policiais”,  conta.

Como não há sistema de águas pluviais e um local específico para o depósito de lixo na região, os moradores descartam o entulho em um canteiro localizado entre as principais vias comerciais. Quando chove, as ruas se transformam em um verdadeiro rio de lixo.

“Quando chove, só Jesus. Vira um rio, não conseguimos nem atravessar as ruas. Polícia aqui só no posto policial e tem dia que não tem ninguém. É muito difícil de morar aqui”, afirma a diarista Sônia Brito, 49 anos.

A demora no recolhimento de lixo também é motivo de insatisfação. Os caminhões de coleta  só passam a cada três dias na região. Este intervalo de tempo, de acordo com a população, é suficiente para acumular uma grande quantidade de resíduos. Além dos vários problemas de saúde que os detrjtkspodem causar, o mau cheiro também atrapalha a vida de quem vive ali.

“O lixo junta no meio da pista e atrapalha o comércio. Às vezes, fede muito e os clientes preferem não vir aqui comer”, relata o atendente comercial Lucas Gonçalves, 18 anos.

Em 2013, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que as regiões do Pôr do Sol e Sol Nascente estão à frente da Rocinha, no Rio de Janeiro, que tem 69,1 mil habitantes. Especialistas garantem que o maior problema dos dois locais   é a falta infraestrutura.

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