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Tietê, como o rio que corre trás-os-montes, vai desaguar no Planalto?

Elias é paulista, de 74 costados. Ele gosta de coisas bem íntimas. E é chegado ao lado escuro da privacidade. Tanto que escreveu um ensaio muito apreciado por leitores capciosos, intitulado “Anônima Intimidae”.

Não pensem mal dele. Não é devasso. Muito ao contrário. É homem sério. Seríssimo. Bom orador. Leva na epiderme o cheiro da maré do Tietê, cidade onde nasceu em São Paulo.

O nome dele todo é Michel Miguel Elias Temer. Advogado, doutor em Direito Constitucional, está sentado à mão direita da dona da casa.

Muitos dizem, entretanto, que não está mais sentado. Já está em pé, em posição de sentido, num barranco qualquer do Tietê, que também passa por Brasilia.

Chico Buarque escreveu uma letra (Fado Tropical) na qual ilusiona-nos com estes versos:

“… E o rio Amazonas
Que corre trás-os-montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo…”

O Tietê do Temer deságua no Palácio do,Planalto.

 

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