Notibras

Troca de mensagens e uma borracha nas fake news

Hoje resgatei bilhetes de whatsApp que escrevi para uma prima mais velha. Moramos distantes, mas nos comunicamos com frequência. Ela me envia vídeos via de regra fakenews. Identifico que contêm mensagens mentirosas porque contêm erros crassos de concordância. Alguns terminam por: “põe no grupo da família, divulga aí”.

Em contrapartida, escrevo bilhetes que incluem conselhos sobre círculo de amigos e sobre o histórico de nossas ancestrais. Nossa avó e nossas mães foram mulheres que trabalharam muito e com carteira “assinada”.

Digo-lhe que, para nós duas, isso implica no dever de lutar contra o Antifeminismo. Pergunto -lhe se sabe o que é… Ela se faz de desentendida.

Curta e grossa, digo-lhe que se trata de fanatismo político disfarçado de religiosidade. Explico que é um movimento financiado pelo poder público por meio dos políticos da extrema direita, nas assembléias legislativas dos estados. E pelos deputados da extrema direita no Congresso Nacional.

Resumo que é assim: feminismo para as bolsonaristas é o próprio Demônio e o patriarcalismo um alicerce do Bem.

Só que, por covardia, as mulheres eleitas pela extrema direita estão chamando o patriarcalismo de antifeminismo.

Esse patriarcalismo é adesão ao antigo testamento, defende o sionismo e a escola criacionista, aquela que se opõe a Darwin e que quer fazer crer que existe, de fato, um povo prometido. Essa crença justificaria a guerra, o armamento civil, o genocídio em Gaza ou nas favelas brasileiras.

Em momento de maior paciência, fiz uma lista sobre o que o movimento feminista conquistou:

– direito ao voto (primeira metade do séc XX)

– direito a receber herança

– lei Maria da Penha (começo do séc XXI).

– direito a receber igual ao homem na mesma função (governo federal brasileiro eleito para a gestão 2023- 2026).

– direito da primeira dama brasileira conversar com o presidente chinês e com a liderança do Tik Tok!

(Bem recente. Duvido que a prima ouviu falar…).

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